Ensino de História da Enfermagem no Estado de São Paulo: inserção e desafios para a docência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Carla Cristina da Cruz Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-24032022-095804/
Resumo: Objetivo: Analisar a inserção do Ensino de História da Enfermagem, nos currículos nos cursos de Bacharelado em Enfermagem do estado de São Paulo. Metodologia: Trata-se de estudo de perspectiva histórica, com abordagem exploratória descritiva quanti-qualitativa. Foi realizada amostragem estratificada das Escolas de Enfermagem do Estado de São Paulo, para cálculo amostral. Considerou-se a população composta por instituições públicas e privadas, que oferecem o curso superior de Bacharelado em Enfermagem, nas modalidades presencial ou à distância, composta de 147 instituições no total, que oferecem 292 cursos, bem como a divisão geográfica do estado de São Paulo, segundo os Departamentos Regionais de Saúde (DRS). Entretanto, em virtude do quase desaparecimento dos Cursos de Enfermagem à Distância houve a remoção dos mesmos ao longo do estudo. O Estado de São Paulo, em 2015, possuía 192 cursos de Bacharelado em Enfermagem presenciais, desses, 78 instituições foram sorteadas na amostra, visto a previsão de perda amostral de 60%. Para levantamento dos dados, foi desenvolvido questionário on-line sobre o Ensino de História da Enfermagem, com envio de convite para os docentes das instituições sorteadas. Houve 14 respostas (16,7%), sendo apenas 08 finalizadas (10,3%), com duração média de resposta de 26 minutos. Para levantamento de informações complementares das instituições que não responderam o questionário, foi realizado busca nos currículo e/ou Projetos Pedagógicos institucionais, quando esses estavam disponíveis. Resultados: Os dados apontam que a disciplina está presente na maioria nos currículos de enfermagem do Estado de São Paulo, com variações de nomenclatura, cargas horárias, ano/semestre de oferecimento e formato isolado ou em conjunto com outros conteúdos. Observou-se que um terço das obras utilizadas estão desatualizadas e há baixa utilização de pesquisas. Além disso, 53% dos programas voltados para o EHE apresentavam lacunas nos elementos fundamentais como ementa, objetivos, conteúdos, metodologias, avaliação ou bibliografia. Os docentes sinalizam que a importância do EHE parece ter menor impacto para os estudantes, mas reforçam a importância do mesmo. Considerações finais: De modo geral, observam-se vestígios das reformas curriculares anteriores no EHE atual, e em sua maioria, com aulas concentradas em livros, que muitas vezes não promovem a crítica e reflexão para os dias atuais, centrada em aulas expositivas e avaliação cognitiva. O presente estudo sinaliza a importância de reflexão sobre possibilidades de capacitação dos docentes envolvidos no EHE, desde a construção dos programas de ensino até o uso de metodologias ativas.