Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Peso, Claudia Neri |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-24062024-121905/
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Resumo: |
Os efeitos da COVID 19 continuaram a ser estudados. Dados sobre características basais e resultados de pacientes graves com COVID-19 são essenciais para planejar ações que antecedem surtos locais e para avaliar a necessidade de intervenções precoces em pacientes internados na UTI. No início da pandemia, o foco inicial da pesquisa sobre COVID-19 estava no tratamento agudo e mortalidade, porém os sobreviventes críticos de COVID-19 podem apresentar uma série de sequelas, relacionadas à sua condição crítica. A imobilidade prolongada no leito associado à doença crítica está associado a alterações clínicas e funcionais ocorridas durante o período de estadia na UTI. O objetivo do estudo foi avaliar a associação da mobilização precoce com funcionalidade de pacientes com COVID-19 após alta da UTI e o impacto da mobilização precoce nesta população.Este foi um estudo observacional prospectivo. Foram incluídos no estudo, adultos com diagnóstico positivo para COVID-19 e previamente independentes. Os fatores de exclusão foram pacientes: com dependência funcional prévia, avaliada por um Indíce de Barthel <85 duas semanas antes da internação, com alterações cognitivas, com perda da função física durante a internação por outras doenças ou óbito durante a internação. A classificação da mobilização precoce ou tardia realizada durante a internação do paciente na unidade de terapia intensiva, irá considerar o dia em que os pacientes foram mobilizados em posturas altas pela primeira vez. Sendo considerado como mobilização precoce aqueles pacientes que foram mobilizados em <72 horas da internação na UTI e tardia os pacientes mobilizados com > 72 horas de internação na UTI. A avaliação foi realizada na alta da terapia intensiva ou até dois dias depois com as seguintes escalas: índice de Barthel, escala de mobilidade na UTI, escala de força pelo MRC e teste de força de preensão palmar pela dinamometria. O desfecho primário foi a associação entre mobilização precoce com a funcionalidade pós alta da UTI. Os desfechos secundários foram testes físicos e variáveis clinicas associadas a mobilização precoce. Resultados. 339 pacientes foram incluídos no estudo dos cinco centros participantes. Na alta da terapia intensiva (UTI) o índice de Barthel (IB) foi diferente entre o grupo de mobilização precoce e tardia (85 versus 65, p <0,001).Uma diferença na função muscular foi encontrada entre os grupos, sendo um percentual maior de pacientes com fraqueza muscular, caracterizada pelo Medical research concil (MRC) < 48 pontos no grupo de mobilização tardia. A regressão logística com propensity score mostrou que há associação entre a dependência funcional e o início precoce da reabilitação, com Odds Ratio (OR) = 0,466 (IC95%0,268 a 0,809). A mobilização precoce diminui a chance do paciente ficar dependente funcionalmente . Conclusão. Nossos dados mostraram que a mobilização precoce durante a permanência na UTI em pacientes COVID-19, está associada a preservação do estado funcional na alta da UTI, apresentam meno fraqueza muscular na UTI, dias em VM e menor permanência na UTI. Dessa forma, a mobilização precoce pode ser fator protetor para perda funcional em pacientes com COVID - 19 na UTI |