Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Gobbato, Simone Rosa Poletto |
Orientador(a): |
Chaves, Marcia Lorena Fagundes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/143471
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Resumo: |
Introdução: A reabilitação é um componente importante do tratamento interdisciplinar em uma Unidade de AVC, especialmente a mobilização precoce com retirada do paciente do leito. Diretrizes recomendam o início da fisioterapia motora o mais precoce possível, mas os resultados dos estudos já publicados são inconclusivos quanto ao benefício desta intervenção. Objetivos: Para avaliar o benefício da mobilização precoce no AVC isquêmico foi iniciado um ensaio clinico randomizado (ECR) comparando este tratamento, iniciado dentro das primeiras 48 horas do AVC, com a fisioterapia motora de rotina do hospital. No estudo piloto, nosso objetivo foi estabelecer a exequibilidade e segurança da mobilização precoce nos pacientes com AVC isquêmico agudo atendidos no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Métodos: Foram incluídos pacientes com AVC isquêmico agudo até 48 horas do início dos sintomas e alocados randomicamente em dois grupos: Grupo Tratamento (GT), que realizou o programa de mobilização precoce iniciando nas primeiras 24 a 48h após o AVC, e Grupo Controle (GC), que seguiu com as rotinas do hospital. Os desfechos primários do ensaio clinico são independência funcional (escore da Escala de Rankin modificada entre 0 e 2) e mortalidade em três meses. Os desfechos primários do estudo piloto foram tempo até a primeira mobilização, tempo total de fisioterapia motora, complicações ocorridas durante a mobilização precoce, quedas durante o período de hospitalização, complicações médicas relacionadas à imobilidade e morte em 90 dias. Resultados: Trinta e sete pacientes foram incluídos, sendo 18 no GT (idade média de 64 anos) e 19 no GC (idade média de 66 anos). O GT recebeu mobilização mais precoce e em maior quantidade do que o GC. A mediana do tempo entre o ictus e a primeira mobilização foi de 43h (AIQ 28-48h) comparada com 72h no GC (AIQ 61-108h; p=0.001) e o tempo total de mobilização durante o período de hospitalização no GT foi de 135 min (AIQ 85-213 min) comparado com 0 min no GC (AIQ 0-50 min). Não houve complicações associadas à mobilização precoce dos pacientes, bem como não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos quanto à proporção de complicações, mortalidade e resultados funcionais, exceto pela tendência a melhor recuperação funcional em 90 dias no GT quando excluídos da análise os pacientes com sequelas prévias. Conclusão: Embora este ensaio clínico randomizado não tenha poder para comprovar a efetividade da intervenção, ele se mostrou seguro e exequível. Apesar das dificuldades encontradas, foi possível iniciar a mobilização precocemente, ainda no serviço de emergência, em qualquer grau de severidade do AVC, sem complicações. Mais estudos 8 randomizados controlados são necessários com maior número de indivíduos a fim de verificar o efeito da mobilização precoce em até 48h do início dos sintomas do AVC. |