Mobilização precoce para crianças na unidade de terapia intensiva: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gomes, Samantha Guerra Cabó Nunes [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62986
Resumo: Contexto: As evidências atuais sugerem que a reabilitação baseada na mobilização precoce (MP) em adultos internados em unidades de terapia intensiva (UTI) pode reduzir complicações decorrentes da imobilidade e doença crítica. No entanto, há uma falta de diretrizes de prática e há evidências conflitantes sobre a segurança e os benefícios na população pediátrica. Objetivos: Avaliar a eficácia e a segurança da MP em pacientes pediátricos internados em UTIs. Métodos: Revisão sistemática da literatura de ensaios clínicos randomizados (ECR) seguindo as recomendações do Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. As bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via Pubmed, Excerpta Medica Database (EMBASE) via Elsevier, Literatura Latino Americana em Ciências da Saúde e do Caribe (LILACS) via portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL) via Cochrane Library, Physioterapy Evidence Database (PEDro) e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL) via Ebsco foram utilizadas para recuperar os ECRs. Além disso, foram realizadas buscas manuais em resumos de conferências relacionados ao tema proposto. Não houve restrição quanto ao idioma ou data de publicação das citações recuperadas. Dois autores, de forma independente, selecionaram os estudos, assim como extraíram os dados e avaliaram o risco de vies dos ECR encontrados. Resultados: Foi encontrado um ECR que avaliou a eficácia da MP em pacientes pediátricos internados em UTI. Há muito baixa certeza de que não há diferença entre usar MP ou usar cuidados usuais em crianças internadas em UTIs com relação a mortalidade [RR: 0,17; IC 95% (0,01 a 3,94); 30 participantes; 1 estudo] e eventos adversos, incluindo deterioração funcional [RR: 1,21; IC 95% (0,78 a 1,90); 30 participantes; 1 estudo] e dor durante a terapia [RR: 2,62; IC 95% (0,14 a 49,91); 30 participantes; 1 estudo]. Outros desfechos clinicamente importantes não foram avaliados. Uma vez que as evidências são escassas e de muito baixa certeza, não é possível tirar conclusões sobre a efetividade e segurança da MP nesta população. O único ECR atualmente disponível na literatura demonstra que a MP é viável em pacientes pediátricos. Conclusão: Não há evidências suficientes para apoiar ou refutar a eficácia e segurança da MP em crianças internadas em UTIs.