Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Jocimara Rodrigues de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-14102015-115141/
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Resumo: |
Este trabalho apresenta uma análise sobre a difusão do rap no cenário cultural, a partir da influência de um dos principais mediadores culturais presentes nesse processo, a mídia hegemônica. Dessa maneira, buscou-se identificar as consequências desse fenômeno nos processos de produção, difusão e recepção cultural, a partir da análise da cobertura midiática sobre o rap e o hip-hop no Brasil, entre os anos 1980 e 2000. Partindo da premissa de que o rap figura como uma ferramenta de instrumentalização da luta pelo reconhecimento de direitos das minorias políticas, além de revelar uma linguagem estética relevante, que rompe com os padrões tradicionais de produção artística, a presente pesquisa foca no processo de mediação do rap pelo agente midiático, especificamente, a partir da veiculação de seu conteúdo no jornal Folha de S.Paulo, nas revistas Veja e BIZZ e na programação da emissora MTV. Considerando o fato de que o rap se constitui em uma expressão inovadora, tanto no campo cultural quanto social, durante a trajetória da pesquisa ficou evidente o seu apelo mercadológico e o crescente interesse com que a mídia acompanhou a evolução desse fenômeno. Considerando a aproximação da mídia à cena rap, foi possível verificar a influência exercida da primeira sobre a segunda, revelando as relações simbióticas e recíprocas entre as esferas de mediação, produção e de circulação no campo cultural. A análise também revelou que a abordagem da mídia tradicional sobre o rap mobiliza códigos que o associam a três perspectivas: moda, movimento e mercado. A alternância do predomínio de uma dessas abordagens se alinha às transformações sociais e à emergência de novos discursos que ecoam em um determinado contexto. Contudo, a partir da ocupação de um espaço definitivo do rap na mídia hegemônica e da consolidação de um mercado próprio, o rap passa a contar com uma nova frente dentro do movimento que se mobiliza a partir dos recursos materiais e simbólicos em voga para elaborar estratégias alternativas de produção, difusão e comercialização cultural. |