Angelo Bucci e Eduardo Souto de Moura: corpo, lugar e Arquitetura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Botasso, Gabriel Braulio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-21082024-120630/
Resumo: O lugar, para além de suas propriedades físicas, também possui uma componente vivida, subjetiva; possui dobras e rugosidades. Por meio do entendimento do lugar, a Arquitetura cria pontos de apoio à existência humana, protegendo o indivíduo em meio ao mundo. A presente tese parte deste solo, em que corpo, lugar e Arquitetura são postos em reunião o corpo enquanto meio de acesso ao mundo; o lugar enquanto somatório de camadas históricas e geográficas. Nesse sentido, a tese objetivou discutir as relações entre corpo, lugar e Arquitetura em sua expressão contemporânea, por meio de obras selecionadas dos arquitetos Angelo Bucci (São Paulo, Brasil) e Eduardo Souto de Moura (Porto, Portugal), iluminando uma dimensão subjetiva e seus contributos ao campo da Arquitetura e do Urbanismo. Assim, a tese delineou enquanto hipótese uma ligação teórico-processual entre Angelo Bucci e Eduardo Souto de Moura a partir do tema lugar, partindo do pressuposto de que o desenho de suas obras vem do próprio sítio. Como desdobramentos, algumas perguntas de pesquisa foram estruturadas: que aspectos caracterizam as abordagens projetuais de Bucci e Moura frente ao lugar? Quais as relações entre corpo, lugar e Arquitetura manifestas nas obras destes arquitetos? Que zonas fenomênicas seriam características em suas obras? É possível estabelecer uma relação entre ambos a partir do lugar? Se sim, em que se aproximam e em que se distanciam? Para tanto, a tese empregou os métodos histórico, estudo de casos, qualitativo fenomenológico hermenêutico, qualitativo fenomenológico em primeira pessoa e fenomenologia fenomênica. Com este estudo, desenvolvido a partir de seis obras três para cada arquiteto , foi possível entender quais zonas fenomênicas são características e suas obras e quais as relações estabelecidas entre corpo, lugar e Arquitetura. Estas questões desdobraram-se no entendimento de conceitos representativos das abordagens de Bucci e Moura frente ao lugar, bem como no entendimento de suas principais características visualização do lugar e complementação do lugar, respectivamente. Por meio destas sínteses, estes arquitetos demonstram a prática de uma Arquitetura que tem como uma de suas principais características a construção de experiências, não apenas de elementos físicos; uma Arquitetura que deve ser vivida e que manifesta a espessura simbólica dos lugares em cada corpo. Em complemento, destaca-se que a tese colabora tanto com novas formas de projetar em Arquitetura quanto com novas formas de entender projetos de Arquitetura: estudantes e profissionais podem desenvolver seus projetos empregando novas formas de abordar o objeto arquitetônico, para além de sua geometria.