Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Caon, Sara |
Orientador(a): |
Bahima, Carlos Fernando Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/253295
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Resumo: |
Angelo Bucci, atualmente, figura entre os principais nomes da arquitetura no Brasil, tendo seus projetos e atividade docente expandindo para o exterior nos últimos anos. A partir de 2000 até 2016 o tema da residência tornou-se representativo na sua produção, tanto em número, em qualidade arquitetônica, como pelo destaque recorrente em revistas especializadas, premiações e exposições de nível nacional e internacional. As particularidades de suas obras têm despertado o interesse em pesquisas acadêmicas, porém a ausência de trabalhos dedicados exclusivamente ao tema das casas ou que investiguem uma sistemática de raciocínio projetual abrem uma lacuna para essa dissertação. A presente pesquisa propõe mapear as estratégias de projeto do arquiteto, através do estudo de oito casas construídas, considerando que estas experienciam todas as etapas, da concepção à execução. O recorrente do uso da estrutura resistente atuando como protagonista no resultado formal das casas de Angelo Bucci e o emprego de materiais para além das questões técnicas conduzem a investigação aos aspectos de composição e de materialidade. No primeiro, sob o ponto de vista da disposição dos volumes no terreno e da articulação dos elementos de estrutura; no segundo, a partir das resumo superfícies revestidas ou sem pós-produção e de suas propriedades opacas, translúcidas e transparentes. No conjunto de obras em apreço, por meio de operações de remanejamento de terra ou escavação do solo, Bucci constrói uma topografia artificial, explorando diferentes níveis em busca do mirante. Ao associar ao elemento de passarela/ponte, interliga novas superfícies ao relevo original, promovendo continuidades. Em paralelo, a elevação do prisma, mantém a independência entre volume e terreno. As casas são resultantes das possibilidades de compor a partir do esquema elaborado pelo arquiteto: o retângulo estreito e alongado das lajes e a fileira única de apoios centrais, complementando eventualmente com outros elementos como vigas invertidas, tirantes, muros portante e vigas-parede. O arquiteto também declara a distinção entre estrutura e vedação, ora delegando a aparência bruta do material, ora utilizando-se de revestimentos. Considera- se que Angelo Bucci reconhece o trato da estrutura independente característica da arquitetura moderna brasileira enquanto diversidade e possibilidade de composição e transformação. Ao combinar com outros sistemas estruturais ou elementos híbridos, expande as conquistas de ambas as Escolas, Carioca e Paulista. |