Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Moretto, Mariana dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-30092015-143241/
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Resumo: |
Estudos sobre a estimação subjetiva de tempo, sob a abordagem da Nova Estética Experimental, utilizam obras de arte (músicas, esculturas e pinturas) como estímulos, buscando revelar quais os processos psicológicos envolvidos na apreciação artística. Alguns desses estudos mostraram que a percepção de movimento de corpos humanos em posições de balé influencia a estimação subjetiva de tempo e que há um efeito do treinamento em artes dos participantes nestas estimações. Outros estudos que utilizaram estímulos acústicos (músicas clássicas de complexidades distintas) também revelaram que a estimação subjetiva de tempo pode estar relacionada com as características das composições. Alguns estudos que abordam a interação som/imagem indicam um domínio do estímulo acústico sobre o visual em tarefas que requerem percepção temporal. O presente estudo propõe a utilização de estímulos acústicos e visuais, com o objetivo de verificar se trechos musicais de diferentes andamentos (rápido e lento) e imagens estáticas com distintas representações de movimento, conjuntamente, afetam a percepção subjetiva de tempo de indivíduos treinados e não treinados em Balé Clássico. No primeiro experimento participaram 58 indivíduos não treinados em dança, e no segundo experimento participaram 49 indivíduos treinados em dança, todos com idade entre 18 e 38 anos de ambos os sexos, os quais foram submetidos a seqüências randômicas de estímulos compostos por um trecho de música clássica e uma imagem de posição de balé clássico. A tarefa dos participantes foi reproduzir o tempo de apresentação dos estímulos sob o paradigma prospectivo. Para controle experimental foram feitos dois grupos: Grupo Controle Imagem (GCI) com 32 participantes e um Grupo Controle Música (GCM) com 25 participantes. A análise dos resultados indica que tanto para bailarinos, como para pessoas não treinadas em dança, o movimento representado nas imagens exerce um efeito nas estimações temporais dos participantes, que pode ser mais ou menos evidenciado dependendo do tipo de andamento musical com o qual é apresentado simultaneamente. Para pessoas não treinadas em dança, a música em andamento lento (Adágio) exerceu um efeito sobre as estimações das imagens que foram estimadas com a mesma duração do tempo real, enquanto que para os indivíduos treinados em dança, foi a música em andamento rápido (Allegro) que exerceu tal efeito. Estes efeitos distintos do andamento musical nas estimações das imagens podem estar relacionados com o treinamento dos participantes, em função da congruência entre o movimento representado nos estímulos e visuais e o andamento musical do estímulo acústico |