Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Moehlecke, Vilene |
Orientador(a): |
Fonseca, Tania Mara Galli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/39667
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Resumo: |
Nesse trabalho, problematizamos as experimentações vividas com um Grupo de Dança Contemporânea, denominado de Ballet Contágio, configurado a partir de usuários de um CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. Nesse sentido, traçamos uma nova vizinhança, em que a arte e também a imagem se tornam aliadas para a composição de um dispositivo tecnoestético. Em tal trama, a fotografia nos permite a passagem da imagem dançada no espaço como uma experiência estética e libertadora. Em um ballet envolvente, dentro e fora se misturam e promovem brechas na imagem dançante, no instante em que promovem uma nova textura entre um corpo que dança e a coexistência de novas formas e afecções. Desse modo, uma bailarina-psi investe em uma aposta compartilhada com uma coletividade, com o intuito de se deixar atravessar pelo desejo de estetizar o existir. Assim, no meio de um contorno e em seu contra-contorno, disparamos novas chances para a subjetivação e para a clínica, as quais operam com séries heterogêneas e dispostas a construir outras coreografias. Para compor a escrita da tese, dançamos em meio a uma gramática revolvida, permeada por conceitos e micro-acontecimentos. Cortamos o texto aos meios, para compormos pequenos fragmentos, que se transformam em girações, córeos, contágios ou vidas saltitantes. Em cada um deles, produzimos um re-começo, ou uma origem segunda, por meio de um verbante, isto é, uma espécie de verbo dançante, que tenta conectar palavra e estética. Em nosso método, buscamos as coreografias do entre, ao cartografarmos os encontros que nos fazem transformar antigas noções e produzir novos sentidos. Alteramos os modos de trabalhar com a loucura e com a pesquisa, ao propormos um olhar atravessado pela estética e pela tecnologia imagética. Portanto, lançamos a história de uma grudança e suas implicações à mais alta potência do vir a ser. Mapeamos as linhas de fuga e acompanhamos as expressões de um corpo coletivo que dança e se reinventa de um modo singular. De pacientes a bailarinos, saboreamos os efeitos dessa entrega, suportamos as dores e os silêncios, ao mesmo tempo em que fazemos girar as antigas lamentações e ressentimentos. Convidamos, pois, não só o CAPS e o SUS a dançar, mas também a imagem fotográfica, bem como a clínica e suas piruetas insólitas. Sustentamos, em tal experiência, a invenção de novas tecnologias, seja no cuidado em saúde ou nas linguagens expressivas, a fim de promover a disparação de uma clínica que insiste em desinstitucionalizar fazeres e em amar a própria destruição. |