Contribuições para a biologia e ecologia de Pseudohypocera kerteszi (Diptera: Phoridae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SOBRAL, Jeffeson Juscelino da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Unidade Acadêmica de Serra Talhada
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9311
Resumo: A meliponicultura como uma atividade econômica sustentável e em grande crescimento necessita de conhecimento científico sólido para seu pleno desenvolvimento. Há muito a se descobrir, estudar, e técnicas a serem desenvolvidas de manejo e conservação desses polinizadores. Um dos pontos importantes é o estudo de doenças e parasitas. Nesse trabalho, estudamos a relação do cleptoparasita Pseudoypocera kerteszi (Diptera, Phoridae) e suas hospedeiras, as abelhas da Tribo Meliponini. Os forídeos, como popularmente conhecidos, são considerados a peste mais importante que aflige a meliponicultura. Essas moscas chegam frequentemente a matar colônias por inteiro. Muito pouco ainda se conhece da biologia e da ecologia de P. kerteszi. No primeiro artigo nós investigamos vários aspectos da biologia de P. kerteszi como: tempo de desenvolvimento de machos e fêmeas, papel da acidez do meio na oposição, partenogêneses, papel da umidade na emergência de pupas e desenvolvimento de larvas em meio diferente do natural (pólen). Para isso diferentes metodologias foram aplicadas. No segundo artigo nós testamos a hipótese que diferentes ninhos de Meliponini não diferenciam significantemente em relação a compostos voláteis emanados de suas estruturas, já que o forídeo geralmente ataca todas as espécies de abelhas sem ferrão indistintamente. Para isso nós identificamos os compostos voláteis emitidos por diferentes partes dos ninhos através da cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas. Além disso, realizamos diferentes biotestes em gaiola com P. kerteszi. Como resultados nós observamos que em geral fêmeas de P. kerteszi vivem por mais tempo do que machos. Larvas se desenvolveram quando alimentadas com um meio não natural. A acidez do meio é um fator de muita importância na ovoposição das moscas. As fêmeas não se reproduzem partenogeticamente. Pupas velhas não emergidas não emergem quando expostas a uma umidade maior. Os compostos voláteis emanados pelos ninhos das diferentes espécies de abelhas Meliponini, usadas nesse estudo, são espécie-específicos, refutando dessa forma, nossa hipótese. Alguns dos principais compostos emitidos pelos ninhos foram: ácido acético, acetato de etila, beta-ocimeno e estireno. As armadilhas contendo pólen como isca foram as mais atrativas às moscas, exceto quando oferecidas ao mesmo tempo de ácido acético glacial. O ácido acético parece ter um papel fundamental na atração de P. kerteszi a partir de curtas distâncias. Esses dois artigos trazem importantes informações em relação ao clepto-parasita em questão, as quais podem ser muito relevantes no desenvolvimento e melhora de métodos de controle na meliponicultura.