Sobre o problema da unidade da ciência buscada na Metafísica de Aristóteles

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Stoll, Renan Eduardo
Orientador(a): Zillig, Raphael
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/254357
Resumo: Esta pesquisa aborda a tensão entre duas concepções de ciência buscada tradicionalmente associadas à Metafísica de Aristóteles. Enquanto uma concepção é caracterizada como uma ciência que trata universalmente a respeito do ser enquanto ser e é identificada com uma ontologia, a outra concepção é caracterizada como uma ciência de um tipo particular de seres, a saber, os seres imóveis e separados, sendo identificada, por sua vez, com uma teologia. Eu considero brevemente como essas duas concepções foram interpretadas historicamente e proponho que deixemos em suspenso as noções de ontologia e teologia para que analisemos o texto aristotélico através de sua própria terminologia. Analiso, então, como as noções de sabedoria, ciência buscada, ciência do ser enquanto ser e filosofia primeira são caracterizadas na Metafísica e destaco que é possível perceber uma identificação entre elas. Observo, também, que a discussão sobre a possibilidade de os dois projetos de ciência buscada serem realizáveis em um único projeto deve passar pela discussão sobre a unificação do domínio das substâncias, que abrange tanto as substâncias sensíveis quanto as imóveis. Por fim, apresento a hipótese de que Aristóteles possa ter concebido o domínio das substâncias como unificado através de uma relação em série ordenada (τῷ ἐφεξῆς).