A tradução de itens culturais-específicos (ICEs) em um livro-reportagem sobre a História do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Giacobbo, Paula
Orientador(a): Reuillard, Patrícia Chittoni Ramos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/174525
Resumo: Este trabalho aborda a tradução, do português brasileiro para o inglês estadunidense, de itens culturais-específicos – entendidos como palavras ou expressões que, em um contexto, devido à falta de correspondentes precisos na língua-alvo, podem causar problemas de tradução – a partir de um estudo de caso: o livro-reportagem “1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil”, de Laurentino Gomes. A pesquisa tem como objetivo principal a análise das escolhas tradutórias para os itens culturais-específicos presentes na obra em português. A motivação deste trabalho deve-se à necessidade de refletir sobre o papel da tradução de informações sobre a história e a cultura de um país. A obra “1808” discorre, de um modo acessível, sobre a época da vinda da corte portuguesa ao Brasil. O referencial teórico se baseia, entre outros, em Hurtado Albir (2011), que considera que não só o conhecimento sobre o público, mas também sobre o gênero textual e sobre a finalidade da tradução são fatores que um tradutor deve considerar no processo tradutório, e em Christiane Nord (2016), que enfatiza a importância da função textual, para o estudo referente à visão de tradução adotada. Adotou-se, neste trabalho, o conceito de itens culturais-específicos de Franco Aixelá (2013). Apresentaram-se também as estratégias de tradução de Franco Aixelá (2013), em comparação a técnicas de tradução de Hurtado Albir (2011), e as categorias culturais de Espindola (2005), consideradas para a análise. Quanto aos passos metodológicos, levantaram-se inicialmente candidatos a item cultural-específico. Após, separaram-se os candidatos por categorias culturais (dezesseis ao todo), levantaram-se as traduções dos candidatos e, por fim, filtraram-se os candidatos para a obtenção dos itens culturais-específicos em si. A partir disso, consideraram-se, principalmente, as estratégias de tradução propostas por Franco Aixelá (2013) para a classificação das escolhas tradutórias observadas. Quando estas não foram consideradas suficientes, utilizaram-se as técnicas de Hurtado Albir (2011) para a classificação. Franco Aixelá (2013) separa suas estratégias por estratégias de conservação e estratégias de substituição. Na análise, constatou-se um maior número de estratégias de conservação (245 vezes) em relação às de substituição (113 vezes) – além disso, classificaram-se duas escolhas como técnicas de Hurtado Albir (2011) –, porém concluiu-se que esse resultado não indica necessariamente que a tradução não tenha um caráter didático ou acessível, pois, em muitos momentos, essas escolhas tradutórias apresentam elementos que propiciam a aproximação do texto com a cultura alvo.