Traduções de Persepolis de Marjane Satrapi : soluções para itens culturais-específicos e considersações sobre os polissistemas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gonçalves, Marina Bortolini
Orientador(a): Garcia, Rosalia Angelita Neumann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/168966
Resumo: O romance gráfico Persépolis (2000), da autora e artista gráfica iraniana Marjane Satrapi, foi publicado originalmente na França e, em pouco tempo, devido ao seu sucesso, traduzido para diversas línguas. Apesar de ser uma obra que retrata uma cultura periférica (iraniana), o fato de ter sido publicada em francês e em um local onde a cultura dos quadrinhos é bastante valorizada levoua ao centro do que Even-Zohar (1990) denomina “polissistema literário”. Do mesmo modo, suas traduções também ocupam o centro do polissistema de literaturas traduzidas, visto que os quadrinhos franceses são respeitados e consideravelmente consumidos no sistema literário anglófono. No Brasil, além das razões anteriores, um romance autobiográfico em quadrinhos contribui com a representatividade desse gênero no polissistema literário local. Por se tratar de uma narrativa autobiográfica que se passa, na maior parte da obra, no Irã, retratando a cultura do país, porém, escrita originalmente em francês, o texto carrega marcas culturais dessas duas culturas de modo bastante peculiar. Dessa forma, as traduções da obra precisam adequar uma série de termos da(s) cultura(s) de partida para as culturas de chegada, sobretudo, no que diz respeito ao contexto iraniano, devido à distância cultural existente entre países orientais e ocidentais. No que tange ao fazer tradutório, o pesquisador Javier Franco Aixelá (1996) propõe denominar como culturespecific items (CSIs) as expressões linguísticas que podem causar problemas para a tradução devido a divergências na compreensão cultural, como nomes próprios, marcas e instituições, por exemplo, que têm ocorrência expressiva no texto de Satrapi. No presente trabalho, os itens culturaisespecíficos são localizados no texto de partida e as soluções empregadas nas traduções para o português brasileiro e para o inglês são categorizadas de acordo com a proposta de Aixelá e, por fim, cotejadas. O cotejo entre as soluções tradutórias para os ICEs utilizadas nas duas línguas mostrou que as traduções tiveram um número similar de ocorrências de uso das estratégias, apenas com algumas variações de manipulação.