Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Johnny Galhano dos |
Orientador(a): |
Dall'Alba, Valesca |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/232476
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Resumo: |
Introdução: Os instrumentos de triagem de risco nutricional (RN) permitem identificação precoce de pacientes em risco de desnutrição e contribuem para a priorização de atendimento no ambiente hospitalar. Dados sobre a utilização dos instrumentos no cenário de emergência são escassos. O presente estudo teve objetivo de avaliar a factibilidade e a validade preditiva de cinco diferentes instrumentos de triagem de RN em um Serviço de Emergência: Nutritional Risk Screening 2002 (NRS-2002), Nutritional Risk Emergency (NRE-2017), Royal Free Hospital-Nutritional Prioritizing Tool (RFH-NPT), Malnutrition Universal Screening Tool (MUST) e Malnutrition Screening Tool (MST). Métodos: Estudo de coorte prospectivo, realizado em serviço de emergência de um hospital público no sul do Brasil. A presença de RN foi avaliada em até 72 horas após a admissão hospitalar. Pacientes com pontuação ≥ 3 pelo NRS-2002, ≥ 1,5 pelo NRE-2017 e ≥ 2 pelos instrumentos MUST, RFH-NPT e MST foram considerados em RN. Factibilidade foi avaliada pela disponibilidade de dados para aplicação dos instrumentos. Os desfechos estudados foram tempo de permanência hospitalar, reinternação e mortalidade (intra-hospitalar, em 90 dias e 1 ano). Resultados: Foram avaliados 431 pacientes (idade 57,31 ± 15,6 anos e 54,4% mulheres). A prevalência de RN foi: NRS-2002: 35%, MST: 43%, NRE-2017: 45%, MUST: 45% e RFH-NPT: 49%. A NRS-2002 detectou menos pacientes em RN quando comparada a RFH-NPT, NRE e MUST (p < 0,001). Dados sobre idade, ingestão alimentar, retenção hídrica, exame físico e gravidade da doença estavam disponíveis para 100% dos pacientes, já a história de perda de peso para 62%. Quanto aos dados antropométricos, o peso pode ser aferido em 65,7% dos pacientes, entretanto nenhum paciente pode ter a altura aferida, sendo esta estimada para posterior cálculo de IMC. Pacientes com RN, independente do instrumento, permaneceram mais tempo hospitalizados (p < 0,001). A presença de RN, identificado pela NRE-2017, MUST e RFH-NPT, foi associado com reinternação em 90 dias. Além disso, a presença de RN foi associada com maior chance de ocorrência de óbito intra-hospitalar, em 90 dias e em 1 ano, independentemente do instrumento de RN utilizado. Conclusões: Os instrumentos de triagem identificaram proporção semelhante de RN no cenário da emergência e RN foi preditor de piores desfechos clínicos. Identificou-se disponibilidade limitada de dados antropométricos (peso, altura, IMC) e com base nos nossos resultados, sugerimos a utilização da NRE-2017, que não requer aferição de dados objetivos e apresenta validade preditiva para os desfechos clínicos avaliados. |