Intersubjetividade e interludicidade na escola de educação infantil : encontros e desencontros entre educadora e bebê

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Carvalho, Mônica Garrafiel de
Orientador(a): Ferrari, Andrea Gabriela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/219395
Resumo: O presente trabalho faz uma interlocução entre o campo da psicanálise e da educação infantil. O campo de pesquisa é a escola infantil, o qual foi abordado a partir da sua história de constituição no Brasil, as leis que o atravessam e as relações profissionais na instituição, características que compõem a execução do trabalho com os bebês. O desenvolvimento psíquico, desde os primeiros meses de vida do bebê, é tomado a partir da costura do conceito de intersubjetividade e as contribuições da psicanálise, enfatizando as valiosas coconstruções subjetivas entre adulto e bebê. No cenário da educação infantil, o educador é o adulto responsável por acompanhar o bebê durante muitas horas do dia, devido à rotina atribulada dos pais; desta forma, estes profissionais são participantes do processo de subjetivação do bebê. A dupla educador da escola infantil e bebê são os protagonistas deste trabalho e a ênfase é analisar as trocas subjetivas entre os mesmos nas cenas do brincar. Um dos indicadores de intersubjetividade, denominado interludicidade, auxilia a destacar a importância da participação do adulto nas cenas do brincar e como coconstruções lúdicas estruturam o psiquismo do bebê. O tema da ludicidade foi explorado no campo da psicanálise e da educação, no intuito de levantar as contribuições de uma área para outra nesta temática. A análise de uma cena lúdica foi escolhida a fim de disparar as discussões sobre encontros e desencontros de uma educadora e um bebê em uma turma de berçário. As reflexões, inicialmente, abordam a potência das coconstruções lúdicas para o desenvolvimento de uma bebê. No segundo ponto de análise foram tomados alguns recortes de falas da educadora para refletir sobre: os obstáculos para a presença da adulta na cena lúdica, os atravessamentos institucionais na rotina da educadora e os desafios da comunicação da mesma com os bebês. Todas as análises levantadas são atravessadas pelo olhar de uma pesquisadora psicanalítica.