Espaço onírico e trabalho institucional: condições do sonhar compartilhado das equipes em instituições de cuidado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lafraia, Luciana Menin
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-18092019-163450/
Resumo: Este estudo organiza-se como pesquisa bibliográfica no campo da literatura psicanalítica, vetorizada pela experiência clínico-institucional da autora e pela pergunta formulada: o que se pode pensar, a partir da psicanálise, sobre as condições de constituição e preservação do espaço onírico comum e compartilhado da equipe em instituições de cuidado? Parte da hipótese de que a equipe tem entre suas funções a de metabolizar a experiência de seu espaço intersubjetivo para restaurar a capacidade de sonhar daqueles que a compõem e daqueles a quem se endereça sua tarefa, e assim os tratar. Objetiva assim contribuir para identificar e discutir operadores clínico-teóricos da psicanálise pertinentes ao cuidado e trabalho das equipes dessas instituições. Para tanto, passando pela discussão sobre a intersubjetividade na psicanálise e o papel do outro nos processos de constituição do psiquismo e de subjetivação, recorre a conceitos da metapsicologia dos conjuntos intersubjetivos, de René Kaës, a compreensões do sonhar apoiadas nas teorias de Bion e Winnicott e ao pensamento contemporâneo sobre clínica psicanalítica de grupos e instituições (desenvolvido por autores ligados à Université Lyon-2, como Gaillard, Pinel, Vidal). Sugere que as condições para que a equipe opere como um aparelho de sonhar a clínica institucional relacionam-se àquelas que possibilitam a experiência e o espaço transicional (Winnicott)