O brincar e o consumo infantil: pesquisas e perspectivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Castange, Ronaldo Desidério
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Toy
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/238124
Resumo: A tese intitulada “O brincar e o consumo infantil: pesquisas e perspectivas” integra o Programa de Pós-Graduação de Doutorado em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia – UNESP – de Presidente Prudente - SP, na linha de pesquisa “Processos Formativos, Infância e Juventude”. O estudo tem por objetivo identificar e discutir como os pesquisadores têm pensado o brincar e o consumo infantil na intenção de compreender como as relações de consumo tem se estabelecido no cotidiano das crianças, por meio do brincar, transformando as culturas da infância ao inseri-las na lógica da Sociedade de Consumo/Cultura de Consumo. Consideramos que as tecnologias atreladas aos brinquedos e as telas estão modificando as culturas infantis. Esse fenômeno ocorre de forma diferente nas variadas infâncias, de acordo com as vivências, os lugares, os objetos e os parceiros de brincar das crianças, a partir dos contextos sociais, econômicos, históricos e culturais. Realizamos discussões acerca da Sociedade de Consumo, da Cultura de Consumo e do Consumo Infantil. Abordamos as culturas infantis e a pluralidade da infância, a partir dos entendimentos da Sociologia da Infância e da Geografia da Infância. Contextualizamos a relevância do brincar, das brincadeiras e dos brinquedos para à formação da criança, defendemos o brincar como um direito e problematizamos sobre os tempos, os espaços, os influenciadores e os parceiros do brincar. A pesquisa caracteriza-se como um estudo bibliográfico e foi realizada na biblioteca de teses e dissertações do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – IBICT, por meio da busca de dissertações e teses publicadas no período entre 2015 e 2019. Selecionamos um total de 29 dissertações e teses para análise. Os resultados apontam que os espaços públicos abertos para o brincar estão desaparecendo e dando lugar a espaços privados voltados ao consumo. É evidente o acúmulo de atividades diárias em instituições especializadas, fato que contribui para a diminuição do tempo de brincar. Observamos que apesar de os espaços escolares serem, muitas vezes, os principais lugares de brincar das crianças, os professores carecem de conhecimento teórico acerca do brincar. Ficou evidente que com o desenvolvimento da urbanização as cidades perdem seus espaços de brincar, o que, somado ao aumento dos índices de violência, dificulta a sociabilização nos espaços públicos e amplia os contatos entre as crianças nos meios virtuais. Percebemos que os brinquedos tecnológicos e as telas não necessariamente possuem um viés negativo, uma vez que as crianças se apropriam desses objetos e, com a imaginação, os ressignificam em suas brincadeiras. As pesquisas ressaltam que a televisão ainda é um veículo de comunicação importante e dotado de propagandas, mas vem perdendo espaço para as redes sociais, onde as crianças encontraram maior representatividade e possibilidades de protagonismo, contudo, ficam expostas ao mercado e desenvolvem hábitos consumistas. Evidenciou-se que, apesar das tecnologias, os brinquedos e brincadeiras clássicas ainda existem em algumas infâncias, carecendo de tempos e espaços para acontecerem e coexistindo com o digital.