Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rihl, Marcos Frata |
Orientador(a): |
Boniatti, Márcio Manozzo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/279357
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Resumo: |
Introdução: Congestão venosa está associada a piores desfechos em vários cenários, sendo ainda uma possível causa de lesão renal aguda (LRA) e tendo um papel importante nas elevadas taxas de readmissão por insuficiência cardíaca agudamente descompensada (ICAD) em pacientes com insuficiência cardíaca. O escore de ultrassonografia de excesso venoso (VExUS) é uma ferramenta potencialmente útil para avaliar congestão sistêmica. Objetivos: Verificar se o escore VExUS pode servir como guia para descongestão em pacientes com LRA grave e se a modificação do escore pode estar associada a um aumento no número de dias livres de terapia renal substitutiva (TRS) em 28 dias e investigar a associação entre o escore VExUS na alta hospitalar de pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida e o risco de readmissão por ICAD. Métodos: Um estudo quase-experimental foi conduzido em pacientes admitidos na unidade de terapia intensiva e que desenvolveram LRA grave. A intervenção consistiu em sugerir ao médico responsável o uso de diurético em pacientes com VExUS >1. Após 48 horas, uma nova avaliação VExUS foi realizada. O desfecho primário foi o número de dias livres de TRS no Dia 28. O outro estudo consistiu em uma coorte prospectiva envolvendo adultos com sinais e sintomas de ICAD, fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 40% ou menos, sintomas de classe funcional II a IV da New York Heart Association e evidência clínica de congestão venosa necessitando de diuréticos intravenosos. Antes da alta hospitalar, foi realizada a avaliação do escore VExUS, do escore EVEREST e da ultrassonografia pulmonar. O desfecho primário foi um desfecho composto de readmissão ou visitas de emergência devido à ICAD dentro de 90 dias após a alta hospitalar. Resultados: No primeiro estudo, noventa pacientes foram incluídos. Os pacientes com escore VExUS > 1 (n = 36) na inclusão tiveram um maior uso de diuréticos nas 48 horas seguintes (75,0%, n = 27) do que os pacientes com uma pontuação VExUS ≤1 (n = 54) na inclusão (38,9%, n = 21), p = 0,001. Os pacientes que reduziram o escore VExUS tiveram um número significativamente maior de dias livres de TRS no Dia 28 (28,0; 8,0–28,0) em comparação com aqueles que não reduziram (15,0; 3,0–27,5), P = 0,012. No segundo estudo, 49 pacientes foram incluídos, dos quais 11 (22,4%) apresentaram o desfecho primário. Na alta, 34,7% dos participantes tiveram escore VExUS de 2 ou 3. Os pacientes com VExUS de 2 e 3 tiveram maior proporção do desfecho primário quando comparados aos pacientes com VExUS de 0 (35,3% versus 9%, p = 0,044). Conclusões: O uso do escore VExUS é aplicável no manejo de pacientes com LRA e como preditor de readmissão por ICAD. Durante a descongestão de pacientes com LRA, se verificou um maior uso de diuréticos em pacientes com um escore VExUS mais elevado, sendo que os pacientes que reduziram o escore VExUS em 48 horas tiveram significativamente mais dias livres de TRS em 28 dias. Ainda, em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, o escore VExUS pode ser utilizado para predizer maior risco de readmissão ou visita à emergência em 90 dias na alta hospitalar. |