VEXUS na predição de falha de desmame de pacientes críticos em ventilação mecânica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Montes, Tiago Hermes Maeso
Orientador(a): Boniatti, Márcio Manozzo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281991
Resumo: Introdução: Edema pulmonar induzido pelo desmame (WIPO) é uma causa importante de falha de desmame, geralmente ligada a congestão venosa e pulmonar. Enquanto o escore pulmonar ecográfico (LUS) é associado com falha de desmame, LUS não avalia a congestão venosa que o coração tem que manejar quando a pressão positiva é retirada. Venous excess ultrasound (VExUS), uma nova ferramenta a beira leito, avalia especificamente a congestão venosa sistêmica. Este estudo tem o objetivo de investigar a associação entre congestão venosa identificada pelo VExUS e falha de desmame em pacientes críticos submetidos ao teste de respiração espontânea (TRE). Método: Nos incluímos prospectivamente pacientes com idade de 18 anos ou mais, que receberam ventilação mecânica (VM) por pelo menos 48 horas. A avaliação do VExUS e LUS foi realizada antes do TRE. O desfecho primário foi falha de desmame, definida por falha do TRE ou necessidade de VM (invasiva ou não invasiva) dentro de 72 horas. O desfecho secundário foi insuficiência respiratória pós extubação. Resultados: Nossa amostra incluiu 111 pacientes, com 57 (51,4%) apresentando falha de desmame. A falha de desmame ocorreu em 63,9% dos pacientes com VExUS 2-3, comparado com 45,3% com VExUS 0-1 (p = 0,067). Análise ajustada mostrou que VEXUS 2-3 foi independentemente associado a falha de desmame (OR 2,803, p=0,03). Insuficiência respiratória pós-extubação foi de 70% no grupo VExUS 2-3, comparado com 43,8% no grupo VExUS 0-1 (p = 0,018). Análise post-hoc combinando VExUS e LUS revelou uma alta incidência de falha de desmame (76,5%) no pacientes como VExUS 2-3 e LUS ≥ 7 pontos, comparado com 34,1% com VExUS 0-1 e LUS < 7 pontos (p - 0,002). Conclusão: Escore de VExUS 2-3 foi significativamente associado a maior risco de falha de desmame e insuficiência respiratória pós-extubação. A combinação dos escores de VExUS e LUS pode melhorar a avaliação do sucesso do desmame em pacientes críticos.