Tornar-se mãe por adoção : a espera por um filho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silberfarb, Monique Schwochow
Orientador(a): Frizzo, Giana Bitencourt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/181159
Resumo: Mulheres em transição para a maternidade por adoção vivenciam as transformações psíquicas e a espera por seus filhos enfrentando as adversidades específicas deste contexto. Com frequência, o período que antecede a chegada do filho adotivo é descrito como um momento de preparação para a parentalidade. Nesta etapa, que pode se estender por longos anos, a formação da identidade materna e a significação, através dos sentimentos, do tempo de espera pelo filho adotivo são importantes processos da construção destas famílias. Diante de tais evidências, a presente dissertação dedicou-se a compreender como se dão, no contexto da adoção, as transformações da organização psíquica no sentido de tornar-se mãe e quais são os sentimentos relatados na espera pela adoção em suas diferentes etapas que precedem a colocação da criança na família. Dois artigos compõem esta investigação. As participantes dos estudos foram quatro mulheres, de idades entre 38 e 44 anos, habilitadas e ativas no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) há no máximo um ano. No primeiro foi investigado o processo de transformação da organização psíquica das mulheres (motherhood mindset), de acordo com Stern, Bruschweiler-Stern e Freeland (1998), no contexto da maternidade por adoção. Encontrou-se que mulheres em espera pela adoção vivenciam as mudanças próprias da formação da identidade materna, confirmando-se a experiência de gestação psíquica no período que antecede a chegada do filho adotivo. Já no segundo estudo, buscou-se compreender quais os sentimentos relatados por mulheres na espera pela adoção durante o processo de habilitação à adoção e durante a espera na fila do CNA. Os resultados apontaram que, na habilitação à adoção, as mulheres destacaram sentimentos como apreensão, frustração, dor e morosidade. Quando na espera na fila do CNA, estas mulheres enfatizaram sentimentos que foram alocados em duas categorias: esperança e desesperança. A análise destes dois estudos contribui para a literatura sobre a espera pela adoção, dando voz as mulheres que vivenciam este processo marcado por transformações psíquicas e comoções de sentimentos. Espera-se que este trabalho auxilie na compreensão da transição para a maternidade por adoção durante a espera pelo filho adotivo, motivando o cuidado com a saúde emocional destas famílias bem como novos trabalhos que se dediquem a esta temática.