[pt] ENCONTROS E RUPTURAS: SOBRE DEVOLUÇÃO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE DURANTE O PROCESSO DE ADOÇÃO
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52512&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=52512&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.52512 |
Resumo: | [pt] A desistência do filho ou devolução após a concretização da adoção não é reconhecida juridicamente, uma vez que a adoção possui caráter irrevogável. Assim, a devolução se configuraria como abandono, uma vez que o filho por adoção tem os mesmos direitos que o filho biológico. Todavia, durante o estágio de convivência e/ou guarda provisória, a devolução costuma acontecer por motivos diversos. Esta tese teve como objetivo investigar a vivência do processo de devolução de crianças/adolescentes na perspectiva dos pais adotantes. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, na qual foram feitas entrevistas semiestruturadas com onze sujeitos independentes, nove mulheres e dois homens, moradores de diferentes estados do Brasil, que passaram por adoções malsucedidas. Verificou-se que o processo que leva à desistência do filho se dá, geralmente, pela intensificação dos conflitos durante o convívio mais direto. Os adotantes buscaram encontrar os motivos para o fracasso na adoção por meio da responsabilização dos profissionais à frente do caso e/ou da criança/adolescente. A temporalidade para a gestação simbólica do filho pareceu sofrer interferências tanto psíquicas quanto burocráticas. As falhas no reconhecimento da alteridade do filho apareceram como pano de fundo importante nas desistências do processo de adoção. O sofrimento dos adotantes se mostrou como aspecto que necessita de maior atenção, sobretudo nos momentos iniciais do estabelecimento do vínculo. Concluímos que o sentimento de incapacidade diante do projeto parental necessita de acolhimento e escuta por parte das equipes técnicas para que intervenções junto ao vínculo parento-filial possam ser feitas. |