Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
DUQUE, Amanda Marques |
Orientador(a): |
OLIVEIRA FILHO, Pedro de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18954
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Resumo: |
O objetivo deste estudo é identificar e analisar os conteúdos e a organização retórica mobilizados, em relatos da mídia e de militantes da causa da adoção, na construção discursiva da identidade dos filhos adotivos. Baseados nos teóricos da Psicologia Social Discursiva e em teóricos pós-estruturalistas que estudam a relação entre discurso e identidade, partimos do pressuposto de que as identidades são construídas por práticas sociais e discursivas e são objetos negociados e disputados por diferentes discursos. Para a realização deste estudo, entrevistamos militantes de dois grupos de apoio à adoção, coletamos o material discursivo disponibilizado no site da Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD) e matérias do Jornal Folha de S. Paulo veiculadas durante o período de 2009 a 2014. Para a análise desse material discursivo, utilizamos o referencial teórico-metodológico da Psicologia Social Discursiva, a qual dispensa uma especial atenção às ações realizadas com o uso da linguagem. Os resultados mostram que diferentes atributos são mobilizados para construir a identidade do filho adotivo. Um deles, mobilizado pela mídia, de maneira sutil, é a suposta periculosidade do filho adotivo. Esse atributo é combatido pelos militantes da causa da adoção. Denunciam a assimetria existente entre filhos adotivos e biológicos nesses relatos. Outro atributo é o abandono, apresentado pela mídia, e de maneira ambígua pelos militantes, como um atributo central dos filhos adotivos. A ideia de que os filhos adotivos têm uma predisposição para apresentarem distúrbios psicológicos e problemas de conduta também esteve presente, mas foi mais combatida do que endossada. Outra maneira de identificar os filhos adotivos consiste em afirmar que eles são filhos autênticos porque passaram pela via da adoção. Por fim, outro atributo presente diz respeito aos candidatos a futuros filhos adotivos. Eles são representados fundamentalmente a partir de características biológicas e sociais negativas. |