Impacto de um servico de dor aguda pós-operatória no tempo de hospitalização em hospital universitário no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Capp, Anderson Miguel
Orientador(a): Caumo, Wolnei
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/163732
Resumo: Introdução: A Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) tem estimulado a organização de Programas de Tratamento de Dor Aguda (SDAP) para um manejo mais efetivo, bem como avaliar seu impacto em desfechos passiveis de mensuração. Estudos têm sido conduzidos para mostrar a necessidade dos hospitais organizarem serviços de dor aguda pós-operatória, com vistas a melhora do tratamento da dor e para avaliar o processo de recuperação do paciente, redução do tempo de internação consequente ao uso de técnicas analgésicas mais eficazes. Então o objetivo deste estudo foi comparar o tempo de internação de pacientes submetidos a cirurgias eletivas com alta probabilidade de apresentarem dor pós operatória intensa sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar especializada do SDAP comparado a uma coorte submetida a procedimentos cirúrgicos equivalentes no mesmo período, que tiveram seu tratamento da dor pós-operatório sob o cuidado da cirurgia equipe. Métodos: trata-se de uma coorte naturalista, retrospectiva, que incluiu 1011 pacientes com idade superior a 18 anos, de ambos os sexos submetidos à cirurgia eletiva de grande porte, tais como cirurgias torácicas com toracotomia, cirurgias proctológicas com abertura da cavidade abdominal e cirurgias ortopédicas para prótese de joelho e quadril. Os dados foram obtidos a partir do pontuaria o eletrônico do Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) no período compreendido entre 2011 e 2015. Resultados: Avaliamos retrospectivamente 1050 pacientes assim distribuídos [cirurgia proctológica 506 (50,4%), cirurgia torácica 216 (21,36%) e cirurgia ortopédica 293 (29,17%)]. A média (SD) da internação hospitalar em pacientes sob o atendimento do SDAP foi de 7,84 (4,41) comparado controles correspondentes sob o cuidado da equipe cirúrgica, que apresentaram uma média (SD) de internação de 9,72 (8,64), respectivamente. Foram fatores associados com prolongada internação pós-operatória a mortalidade pós-operatória, reoperação cirúrgica e pacientes que necessitaram de terapia intensiva pós-operatória. Conclusão: Estes resultados sustentam a hipótese de que uma mudança no cuidado pós-operatório de pacientes submetidos a cirurgias com propensão para dor pós-operatória intensa, sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar especializada do SDAP reduziu o tempo de internação pós-operatório comparado aos pacientes submetidos a cirurgias equivalentes com o tratamento da dor pós-operatória aos cuidados da equipe assistente.