Avaliação da dor aguda em suínos e da tranquilização em asininos.
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25371 |
Resumo: | Esta tese consiste em três capítulos que abordam a temática do bem-estar e manejo anestésico de animais de produção. Cada um dos capítulos é apresentado como um artigo científico. No primeiro capítulo objetivou-se avaliar o comportamento de leitões submetidos a estímulo de dor aguda pós-cirúrgica. Foram realizadas orquiectomias em 40 leitões e feito o acompanhamento do comportamento dos mesmos em quatro momentos: previamente ao procedimento cirúrgico (M0), quatro horas após cirurgia (M1), três horas pós resgate analgésico (M2) e 24 horas após a orquiectomia (M3). As interações agônicas ocorreram em predominância nos M1 e M3, naquele os comportamentos mais duradouros foi deitar afastado (26,6%) e deitar desconfortável (22%). Tais achados demonstram que suínos alteram comportamentos perante estímulo estressor de dor implicando em mal-estar. O segundo capítulo trata da construção, validação e confiabilidade de uma escala para mensurar dor aguda em 46 suínos submetidos à orquiectomia, realizada sob anestesia local. As análises foram realizadas por meio de filmagens antes e após a cirurgia. A escala foi compilada segundo estudos anteriores e com análise das filmagens. Foram registrados vídeos de 30 minutos (min), perfazendo um total de 138 horas. Os vídeos foram editados e analisados por quatro avaliadores, um padrão-ouro e três observadores. Adotou-se uma escala unidimensional. Após o refinamento, o coeficiente alfa de Cronbach foi de 0,82. A correlação entre a escala estudada e as escalas analógica visual, numérica e descritiva simples foi elevada (p = 0,000). O aumento e a diminuição dos escores de dor após a cirurgia e a intervenção analgésica, confirmaram a validade de construção e a capacidade de resposta, respectivamente (p < 0,001). A confiabilidade inter e intraobservador variou de moderada a boa. O ponto de corte ótimo para a analgesia de resgate foi > 4, sendo 18 a pontuação máxima. Assim considera-se que a escala é válida, confiável e responsiva, com excelente consistência interna e capacidade discriminatória. O terceiro capítulo objetivou avaliar os efeitos da acepromazina isolada ou associada ao diazepam em cinco asininos. Os animais foram submetidos a dois protocolos anestésicos: grupo acepromazina (AC) e acepromazina-diazepam (ACD). Foram mensurados parâmetros fisiológicos, analisadas variáveis eletrocardiográficas e correlacionadas a tranquilização. A tranquilização teve inicio aos 10,4±0,9 min nos asininos do AC e aos 4,8±1,1 no ACD. Ocorreu prolapso peniano, aos 4,2±1,3 min no AC e aos 2,7±0,4 no ACD. A frequência cardíaca elevou-se aos 15 e 30 min do AC, e a frequência respiratória diminuiu no AC a partir de 60 min e no ACD a partir de 30 min. Ocorreu redução significativa da distância focinho-solo em ambos os grupos e nos momentos a partir de 15 min. Com isso, pode-se afirmar que a acepromazina promove discreta tranquilização, a qual é potencializada pelo diazepam. Todo trabalho almeja demonstrar a importância da utilização de recursos para amenizar a dor de animais de produção. |