Influência do IMC pré-gestacional e fatores associados nos desfechos perinatais adversos em coorte de hospital terciário sob analgesia de parto regional e não farmacológica
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28429 http://dx.doi.org/10.22409/ppgcm.2020.d.78962102749 |
Resumo: | Introdução: Os resultados da gravidez adversos, que podem sobrecarregar o sistema de saúde, aumentaram a partir de mudanças nos padrões demográficos da população feminina, assim como o aumento do uso de intervenções obstétricas e anestésicas. Paralelamente aumentou o uso de métodos não-farmacológicos (MNF). A influência independente destes fatores no resultado da gravidez adverso das parturientes sob analgesia regional ainda é obscura. Objetivos: Analisar os fatores associados nos resultados da gravidez adversos que sobrecarregam ou não o sistema de saúde em gestantes submetidas analgesia regional. Métodos: A pesquisa foi dividida em duas partes: Estudo1: Estudo de coorte retrospectiva unicêntrico foi baseado em dados de registros médicos perinatais de 685 parturientes em trabalho de parto ativo que receberam analgesia regional. A associação entre IMC e fatores demográficos, intervenções e resultados da gravidez adversos relacionados foi analisada. Modelos de regressão logística bi- e multivariada foram ajustados com variáveis significativas obtidas e também associadas significativamente para tempo de internação materna prolongada. Estudo 2: Estudo de coorte retrospectiva unicêntrico foi baseado em dados de registros médicos perinatais de 986 parturientes em trabalho de parto ativo que receberam analgesia de parto regional. A associação entre acompanhante (AC)/ terapias complementares (TC) e fatores demográficos, intervenções e resultados da gravidez adversos relacionados foi analisada. Modelos de regressão logística bi- e multivariada foram ajustados com variáveis explicativas obtidas significativas para resultados da gravidez adversos relacionados. Resultados: Estudo1: IMC alto associouse significativamente à ocorrência de doenças sistêmicas (p <0,001), ganho de peso acima do adequado (p <0,001), trabalho de parto induzido (p <0,001) e anestesia peridural (p <0,01 ). O parto operatório (p <0,05) e a episiotomia (p <0,001) foram associados a um IMC baixo. Foi encontrada correlação entre IMC e idade materna (r = 0,30; p <0,001), classificação do estado físico da Sociedade Americana de Anestesiologia (ASA) (r = 0,1; p = 0,009) e tempo de internação materna (r = 0,15; p <0,001). A chance de internação materna por mais de 4 dias aumentou com IMC≥30 (OR = 2,39; p <0,001), doença sistêmica (OR = 4,64; p <0,001), trabalho de parto induzido (OR = 2,38; p <0,001), idade mais avançada de 35 anos (OR = 1,98; p = 0,037) e ASA III (OR = 3,42, p <0,05). No entanto, apenas a presença de doenças sistêmicas fez com que essa chance tivesse um aumento independente (AOR= 4,64; p <0,001). Na regressão linear ajustada, o tempo de internação materna apresentou aumento de 26,6% na presença de doença sistêmica (IC95% 1,19-1,34; p<0,0001). Estudo 2: Houve associação significativa entre AC e idade (p<0,05), primiparidade (p <0,001) e TC (p<0,001). Tanto AC quanto TC se associaram significativamente à intercorrência no parto (p<0,0001) , cesárea não planejada (p<0,0001) e tempo de internação materna (p<0,01) Em análise multivariada, a chance de intercorrência no parto reduziu com o uso de TC (AOR=0,42, p<0,001) e AC (AOR=0,36, p<0,001), a chance de internação materna prolongada diminuiu com o acompanhamento (AOR=0,57, p<0,05) e a chance de cesárea não-planejada diminuiu com o uso de terapias complementares (AOR=0,05, p<0,01). Conclusões: A chance de internação materna prolongada aumenta na parturiente que recebe anestesia regional na presença de doenças sistêmicas. Porém, AC podem reduzir a chance de internação materna prolongada. Ambos os MNF reduzem a chance de intercorrências e o uso de TC reduz a chance de cesárea. Os resultados deste estudo poderão orientar as instituições em protocolos assistenciais, nas distribuição de recursos para a assistência, além de estimular o uso de MNF na assistência multidisciplinar ao cuidado obstétrico |