Efeito de um protocolo pós-operatório de mobilização precoce na recuperação funcional e nas complicações clínicas pós-operatórias de pacientes submetidos à cirurgia oncológica abdominal de grande porte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Almeida, Elisângela Pinto Marinho de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5152/tde-20092016-154005/
Resumo: Objetivos: O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de um programa pósoperatório de mobilização precoce na capacidade funcional e na incidência de complicações clínicas em pacientes submetidos à cirurgia oncológica abdominal de grande porte, quando comparado a uma estratégia de reabilitação pósoperatória convencional. Desenho: Estudo fase III de superioridade, unicêntrico, randomizado e controlado. Local: Unidades de internação (enfermarias e Unidade de Terapia Intensiva) do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Brasil. Participantes: Pacientes adultos do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, submetidos à cirurgia oncológica abdominal de grande porte. Intervenção: Após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido e antes do procedimento cirúrgico, os pacientes foram aleatoriamente alocados para um protocolo de mobilização precoce pós-operatório, supervisionado, com treino aeróbico e resistido, que seguia um protocolo de progressão específico, realizado 2x/dia ou para um grupo controle, sem treino aeróbico e resistido específico, realizado 1x/dia. Desfecho primário: Inabilidade para atravessar o quarto do hospital ou andar três metros, sem ajuda de terceiros, na ocasião do 5° dia de pós-operatório. Resultados: Foram incluídos 108 pacientes na análise final; destes, 54 foram alocados no grupo intervenção e 54 no grupo controle. O desfecho primário ocorreu em 16,7% (95% Intervalo de confiança [IC] 7,9 - 29,3) dos pacientes do grupo submetido ao protocolo de mobilização precoce e em 38,9% (95% IC 25,9 - 53,1) dos pacientes do grupo controle (p= 0,010). Comparado com a reabilitação convencional, o protocolo de mobilização precoce no pós-operatório resultou em redução do risco absoluto do desfecho primário em 22,2% (95% IC 5,9 - 38,6) e um número necessário para tratar de 4,5 (95% IC 2,5 - 17,1). Conclusões: Um programa de mobilização precoce pós-operatório resultou em redução da perda funcional em pacientes submetidos à cirurgia oncológica abdominal de grande porte para tratamento do câncer quando comparado a um programa de reabilitação pós-operatória convencional