Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Anjos, Jorge Luis Motta dos
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Orientador(a): |
Durães, André Rodrigues
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Banca de defesa: |
Aras Júnior, Roque
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Santos, Cleber Luz
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Ribeiro, Nildo Manoel da Silva
,
Alves, Giovani Assunção de Azevedo
,
Bastos, Claudilson Jose de Carvalho
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Medicina e Saúde (PPGMS)
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Departamento: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38267
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Resumo: |
Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) trata-se de um acometimento agudo do sistema neurológico, que tem origem vascular e com desenvolvimento de sinais clínicos devido a distúrbios da função cerebral, tendo uma duração superior a 24 horas. Com prevalência alta e atualmente 90% dos sobreviventes desenvolvem sequelas, tornando-o importante causa de incapacidade em adultos. Objetivo: Examinar os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade na funcionalidade e na qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes com sequelas pós-AVC e avaliar a segurança e eficácia da mobilização muito precoce de pacientes trombolisados pós AVC isquêmico no grau de incapacidade e dependência para atividades de vida diária, equilíbrio, mobilidade funcional e complicações em até 7 dias de internação e em 90 dias após a alta hospitalar. Metodologia: Para examinar os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade na funcionalidade e qualidade de vida, foi realizada uma revisão sistemática com metanálise pesquisado os seguintes bancos de dados eletrônicos: MEDLINE/Pubmed, Cochrane Central Register of Controlled Trials, PEDro database e Scielo até janeiro de 2022 para ensaios clínicos randomizados que investigaram os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade em pacientes pós-AVC. Dois revisores selecionaram os estudos de forma independente. A qualidade do estudo foi avaliada usando a escala PEDro. A diferença média (MD), diferença média padrão (SMD) e intervalos de confiança de 95% (ICs) foram calculados. Também foi realizado um ensaio clínico randomizado comparando a mobilização muito precoce pós trombólise e os cuidados usuais de pacientes com AVC isquêmico agudo na segurança e recuperação funcional em até 7 dias de internação e após 90 dias da alta hospitalar. Resultados: Para a revisão sistemática nove estudos preencheram os critérios do estudo (375 pacientes). A idade dos participantes variou de 55,8 a 72,1 anos. Os estudos incluíram pacientes dentro de 2 semanas do início do AVC a pacientes com mais de 1 mês de AVC. O treinamento intervalado de alta intensidade resultou em melhora na aptidão cardiorrespiratória (pico de consumo de oxigênio) MD (3,8 mL/kg/min, 95% CI: 2,62, 5,01, n=91), equilíbrio MD 5,7 (95% CI: 3,50, 7,91; N = 64) e velocidade de marcha SMD (0,2 m/s; IC 95%: 0,05, 0,27; N = 100) em comparação com o treinamento aeróbico contínuo. A qualidade de vida relacionada à saúde não diferiu entre os grupos. Comparado aos cuidados habituais, o treinamento intervalado de alta intensidade melhorou a aptidão cardiorrespiratória SMD (0,5 IC 95%: 0,14, 0,81, n=239). Não foram observados eventos adversos graves. Para o ensaio clinico randomizado, um total de 104 pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico que receberam tratamento trombolítico entre agosto de 2020 e julho de 2021 foram recrutados prospectivamente para o estudo. Destes, 51 pacientes receberam mobilização muito precoce (VEMG) em até 24 horas após o ictus e outros 53 pacientes receberam cuidados habituais (UCG) com mobilização 24 horas após o ictus. Quando comparados os grupos em até 7 dias de internação e após 90 dias da alta, não houve diferenças no grau de incapacidade e dependência para atividades de vida diária (p= 0,44; p=0,15), equilíbrio (p=0,17; p=0,27), mobilidade funcional (p= 0,33;p=0,65), complicações (p=0,55;p=0,56 ) e tempo de internação hospitalar (p=0,69). Conclusão: O treinamento intervalado de alta intensidade foi mais eficiente que o treinamento aeróbico contínuo para ganho de aptidão cardiorrespiratória, equilíbrio e velocidade de marcha em pacientes com sequelas pós-AVC e não foi superior no que diz respeito à qualidade de vida relacionada à saúde. Já a estratégia de mobilização muito precoce após trombólise no acidente vascular cerebral isquêmico foi segura, mas sem evidência de benefício em curto prazo. |