Avaliação da fala e correlação com subtipos motores em pessoas com Doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Juliana Costa dos
Orientador(a): Olchik, Maira Rozenfeld
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/247645
Resumo: Base teórica: As alterações de fala são sintomas comuns da Doença de Parkinson, prejudicando a comunicação e causando impacto na qualidade de vida dos pacientes. O efeito dos diferentes subtipos motores da doença e sua relação com as alterações de fala ainda não é claro. Objetivo: Descrever as características de fala entre pacientes com DP com os subtipos motores instabilidade postural (PIGD), tremor dominante (TD), indeterminado (MT) e comparar com controles saudáveis. Métodos: Estudo transversal. Foram incluídas amostras de fala adquiridas de um total de 82 pacientes do Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, divididos em 53 PIGD, 17 TD, 12 indeterminados (Stebbins et al., 2013) e 38 controles saudáveis pareados por sexo e idade. Do total, 24 possuiam DBS. Os critérios de inclusão foram diagnóstico de DP idiopática. Os critérios de exclusão para DP e GC foram indivíduos com história de outros eventos neurológicos prévios, alterações sensoriais que impossibilita a coleta e compreensão das tarefas. A avaliação de fala incluiu: gravação da tarefa de fala, análise acústica e análise perceptiva-auditiva. Foram gravadas amostras de fala com tarefas correspondentes às cinco bases motoras da fala - fonação, respiração, articulação, ressonância e prosódia. A correlação entre os resultados e os dados clínicos foi feita por estatística não paramétrica. Resultados: Foram investigados um total de 120 indivíduos, sendo 82 pacientes de DP e 38 controles saudáveis, com idade média de 63.82 (± 11.15). Nenhuma correlação significativa foi encontrada na análise dos subtipos entre si. Entretanto, algumas correlações significativas foram encontradas na análise estatística quando comparado o GC com os subtipos: variável número de sílabas para a comparação dos subtipos indeterminado x GC (p=0.033), variável duração para os subtipos indeterminado x GC (p=0.049), variável número de pausas para os subtipos PIGD x GC (p=0.013), variável phonationrate para os subtipos PIGD x GC (p=0.001), variável speechrate para os subtipos PIGD x GC (p=0.003). Nenhuma correlação significativa foi encontrada entre TD e GC. Quando analisada a correlação entre as variáveis clínicas e a análise acústica dos pacientes com DP, foi encontrada uma correlação negativa significativa entre o tempo de DBS e o número de pausas (p=0.013, r=- 5 0.449). Conclusão: Embora o subtipo PIGD tenha evolução motora diferente dos demais, em relação ao perfil articulatório da fala dos pacientes, não houve diferença entre os subtipos, mostrando que, embora a disartria seja a produção motora da fala, não acompanha as alterações motoras dos pacientes.