Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Graziele Rodrigues de |
Orientador(a): |
Martins, Ana Tais |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/275562
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Resumo: |
A tese busca compreender como um recorte de filmes brasileiros (2006-2019) reflete um desejo de estado de cultura na contramão do dinamismo hipermoderno e da perda da experiência na vida cotidiana e coletiva no capitalismo. Por meio de conjuntos de obras fílmicas e no cotejo com outras artes, principalmente a pintura, o objetivo é refletir como a cosmovisão romântica aparece, entre outros aspectos, como estética e crítica do esvaziamento de sentido na cultura hipermoderna e seus paradoxos. Como definiríamos, dentro desse quadro, um traço unificador que coloca romantismo e realismo no mesmo horizonte estéticotemático? A perspectiva comparada e a metáfora da constelação benjaminiana assumem-se como guia teórico-metodológico do corpo empírico, analisando como eles se constelam e o que suscitam de debate comum. Vemos essa discussão nos filmes: O céu de Suely (2006) e Praia do Futuro (2014), de Karim Aïnouz; Histórias que só existem quando lembradas (2011), de Júlia Murat; O homem das multidões (2013), de Cao Guimarães e Marcelo Gomes; Redemoinho (2016), de José Luiz Villamarim; Pela Janela (2017), de Caroline Leone; BeiraMar (2015) e Tinta Bruta (2018), de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon; A cidade onde envelheço (2016), de Marília Rocha; Arábia (2017), de João Dumans e Affonso Uchoa; Temporada (2018), de André Novais de Oliveira; Aos olhos de Ernesto (2019), de Ana Luíza Azevedo. A pesquisa é composta por três capítulos, todos contendo teoria e análise. Cada capítulo abarca um dos três fundamentos centrais acerca do romantismo: a) visão de mundo – a crítica à automação e à racionalização da vida na sociedade moderna; b) o mundo exterior, os elementos da natureza na significação dos sentimentos – a mise-en-scène e os personagens na relação entre o eu e a subjetivação a partir da realidade exterior; c) o mundo interior – a miseen-scène e os personagens na relação com o eu no seu íntimo, as aspirações românticas por uma organização social centrada no valor de tradição e comunidade. Conclui-se, nos limites da pesquisa, que há uma crise da oposição rígida – ou mesmo que nunca houve tal oposição – e uma emergência da contradição: romantismo e realismo como estética e narrativa de um anticapitalismo romântico no cinema brasileiro. |