Aspectos clínicos e dermatoscópicos das farmacodermias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rossi, Gabriela
Orientador(a): Bakos, Renato Marchiori
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/164904
Resumo: Base teórica: farmacodermias apresentam mais frequentemente desfechos benignos e são autolimitadas. Alguns casos podem evoluir para quadros graves, potencialmente fatais. Nem sempre estes casos podem ser detectados precomente, sendo necessária a identificação de outros achados que possam sugerir evolução desfavorável. A dermatoscopia surgiu como uma ferramenta auxiliar em diversos campos da dermatologia, mas ainda são escassos os relatos sobre seu uso na avaliação das erupções medicamentosas. Objetivos: avaliar os padrões dermatoscópicos de diferentes farmacodermias e identificar achados sugestivos de farmacodermias graves. Métodos: Pacientes hospitalizados apresentando diagnóstico de farmacodermias, de qualquer idade, foram incluídos de maio de 2015 a abril de 2016. A definição das formas de apresentação e a classificação em graves ou não-graves foram baseadas na morfologia e na presença de marcadores de gravidade. Formas graves incluíram síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), necrólise epidérmica tóxica (NET), sobreposição SSJ/NET, reação a drogas com eosinofilia e sintomas sistêmicos ou síndrome de hipersensibilidade a drogas (SHD) e pustulose exantemática aguda generalizada (PEGA). Os padrões dermatoscópicos de diferentes erupções medicamentosas foram descritos e comparados de acordo com a gravidade. Resultados: Sessenta e nove pacientes foram alocados. A idade média foi de 45.9±22.4 anos e a maioria dos pacientes foram do sexo feminino (56,5%). Dezesseis pacientes (23,2%) tiveram formas graves e 53 (76,8%) não-graves. Exantema foi a apresentação mais frequente (n = 33, 47,8%). Em geral, os principais achados dermatoscópicos encontrados nas farmacodermias graves foram pontos pretos ou áreas necróticas e destacamento epidérmico no SSJ, sobreposição SSJ/NET e NET, além de bordas necróticas e erosão na sobreposição SSJ/NET e no NET e eritema e pontos purpúricos na SHD. Nas principais formas não-graves, as estruturas mais prevalentes foram eritema e púrpura no exantema e no eritema multiforme, e eritema e estruturas vasculares na urticaria. Pontos pretos ou áreas necróticas, destacamento epidérmico, bordas necróticas e erosão se correlacionaram com farmacodermias graves (p < 0,001). Conclusão: Dermatoscopia auxilia a melhor caracterizar diferentes formas de farmacodermias e a identificar as formas graves.