Farmacovigilância ativa e estudo do dabigatrana, um novo anticoagulante oral, em hospital público brasileiro especializado em cardiologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Martins, Luise de Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8025
Resumo: Introducao: Durante sua fase de comercializacao, efeitos ineditos de novos medicamentos podem ser descobertos. O dabigratana e um potente inibidor direto e reversivel de trombina, aprovado pela Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria em 2008. Objetivos: Avaliar seguranca, efetividade, perfil de eventos adversos e adesao terapeutica ao dabigatrana (110mg e 150mg) prescrito para pacientes com fibrilacao atrial nao valvar do Instituto Nacional de Cardiologia. Metodos: Pacientes em uso de dabigatrana 110mg e 150mg foram submetidos a entrevistas ao longo do primeiro ano de tratamento, tendo sido avaliados a prescricao em funcao da dose, da idade, do genero e dos fatores de risco, bem como a prevalencia de eventos adversos e o perfil dos pacientes envolvidos. Resultados: Entre o inicio e o final do estudo houve reducao do numero de pacientes em uso do anticoagulante (10% na dose de 110mg e 30% na dose de 150mg), sem variacao nas proporcoes dos individuos quanto ao genero (homens ƒ° 65%), faixa etaria (idade inferior a 75 anos ƒ° 80%), historico de anticoagulacao previa (ƒ° 85%) e escores de risco para eventos tromboembolicos (CHA2DS2-VASc . 2 ƒ° 80%) e hemorragicos (HASBLED < 3 ƒ° 50% dose 110mg e ƒ° 85% dose 150mg). O evento adverso mais comum foi a dispepsia (. 10%), independente do genero, porem com menos frequencia na faixa etaria superior a 75 anos (ƒ° 20% dos casos). A dispepsia relacionada ao dabigatrana foi associada principalmente a sua combinacao com betabloqueadores adrenergicos (ƒ° 70%), porem minoritariamente com hipoglicemiantes orais (ƒ° 20%), antiplaquetarios (ƒ° 10%), inibidores da bomba de protons (ƒ° 30%) e antagonistas de receptores H2 (ƒ° 3%). A adesao terapeutica foi de ƒ° 60%, independentemente dos eventos adversos relatados. Nao foram observados casos de evento tromboembolico tampouco sangramento maior. Conclusao: O dabigatrana mostrou-se seguro e efetivo nas condicoes avaliadas