Avaliação de aspectos dermatoscópicos de nevos traumatizados por dermoabrasão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Milman, Laura de Mattos
Orientador(a): Bakos, Renato Marchiori
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217569
Resumo: Base teórica: Nevos melanocíticos traumatizados podem sofrer alterações clínicas, dermatoscópicas e até histológicas, dificultando sua diferenciação de um melanoma. Embora a queixa de trauma em nevos melanocíticos seja frequente, as alterações dermatoscópicas secundárias a ele não são claramente documentas. Objetivos: O objetivo desse estudo é avaliar as alterações dermatoscópicas de nevos traumatizados por dermoabrasão. Métodos: Estudo quase-experimental. Imagens dermatoscópicas de nevos melanocíticos adquiridos benignos de antes e de quatro semanas após a metade de sua área ter sido submetida a dermoabrasão foram comparadas. Resultados: A amostra foi composta por 50 lesões de 15 pacientes. O padrão homogêneo foi o padrão dermatoscópico mais frequente (52%), seguido pelo reticular (16%), cobblestone (14%) e globular (12%). Após a dermoabrasão, quase metade das lesões (46%) tornou-se dermatoscopicamente assimétrica (p <0,001). Em geral, áreas sem estruturas (27/50 para 37/50, p = 0,001), vasos pontilhados (2/50 para 10/50, p = 0,07) e eritema (4/50 para 8/10, p = 0,042) foram as estruturas dermatoscópicas mais frequentes ocorrendo no lado dermoabrasado. Em relação aos padrões dermatoscópicos globais específicos, as lesões reticulares demonstraram diminuição ou perda da rede pigmentada em todos os casos, bem como surgimento de áreas sem estruturas e da cor branca e esmaecimento da cor predominante. A maioria das lesões globulares/cobblestone manteve os glóbulos e apresentou esmaecimento da cor; áreas sem estruturas, vasos em ponto e eritema foram as novas estruturas mais frequentes. No padrão homogêneo, as áreas sem estruturas foram mantidas em todos os nevos e rede pigmentada, vasos em ponto e branco foram as novas estruturas dermatoscópicas mais frequentes. Conclusões: Nossos dados mostram que o trauma após a dermoabrasão pode induzir alterações dermatoscópicas significativas nos nevos melanocíticos. Embora o padrão global não tenha mudado, a maioria das lesões tornou-se assimétrica, com o aparecimento ou esmaecimento das estruturas dermatoscópicas e das cores. Uma história de trauma recente deve ser questionada ao avaliar lesões pigmentadas com as alterações dermatoscópicas descritas.