Povos indígenas e ditaduras de segurança nacional no Cone Sul : o caso dos kaingang no Rio Grande do Sul (1963-1988)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Amanda Gabriela Rocha
Orientador(a): Padrós, Enrique Serra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213409
Resumo: O seguinte trabalho tem como objeto de investigação a atuação da Ditadura de Segurança Nacional brasileira em relação aos Povos Indígenas, com especial atenção ao caso do povo Kaingang, no estado do Rio Grande do Sul (RS). Procurando compreender as ações realizadas pela ditadura e o espaço reservado aos povos indígenas dentro dos projetos desenvolvidos por ela, foram analisadas fontes diversas dentre documentos estatais frutos de Comissões de Inquéritos, documentos da repressão oriundos de órgãos de inteligência, recortes da imprensa da época e depoimentos. Foram abordados também estudos, informes e casos sobre a relação entre as Ditaduras do Cone Sul (Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai) e os Povos Indígenas da região, dando maior destaque para a ditadura brasileira e os povos originários que habitam o interior de suas atuais fronteiras nacionais. O aprofundamento do caso Kaingang no RS torna perceptível as características genocidas e etnocidas das relações que o Estado brasileiro - caracterizado por um Terrorismo de Estado marcado pela Colonialidade do Poder no período - estabeleceu com as comunidades e sujeitos indígenas, podendo ser compreendidas também como uma Necropolítica. A pesquisa reconhece que os indígenas não permaneceram passivos diante da “marcha inelutável do progresso”, utilizando a articulação do Corpo-Território como uma das mais significativas formas de resistência contra o projeto de integração e desaparecimento empreendido pela ditadura.