Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Kretzer, Daniela Cortés |
Orientador(a): |
Bernardi, Juliana Rombaldi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/211290
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O desenvolvimento infantil é influenciado não apenas por fatores genéticos, mas também por fatores ambientais e de estilo de vida, dos quais grande parte pode ser modificável. Gestantes com consumo alimentar que priorize alimentos in natura podem diminuir riscos adversos na saúde materno-infantil. OBJETIVO: Avaliar a associação entre o consumo alimentar de gestantes com e sem o diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) com o ganho de peso gestacional (GPG), além de verificar as medidas e indicadores antropométricos infantis durante os primeiros seis meses de vida. MÉTODOS: Estudo prospectivo com amostra de conveniência de puérperas que tiveram diagnóstico de Diabetes mellitus gestacional na gestação recente e de puérperas controle, sem diagnóstico de diabetes. O recrutamento das participantes foi realizado em três grandes hospitais de Porto Alegre, RS, entre 24 horas e 48 horas após o parto. Foram excluídas as puérperas com parto pré-termo, que fumaram ou que tiveram qualquer distúrbio hipertensivo durante a gestação. Também foram excluídas aquelas com recém-nascido pequeno para a idade gestacional, com doença aguda, malformação congênita ou que necessitassem de internação prolongada. Para a coleta de dados, entrevistas domiciliares e no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre foram realizadas até o sexto mês de vida dos descendentes das puérperas. O consumo alimentar gestacional, considerando o nível de processamento dos alimentos em alimentos in natura, ingredientes culinários, processados e ultraprocessados foi avaliado através de questionário de frequência alimentar validado. A aferição das medidas antropométricas dos recém-nascidos foi realizada seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Modelos de regressão univariada e multivariada foram utilizados para analisar a relação entre o processamento alimentar e resultados clínicos. A pesquisa foi aprovada pelos comitês de ética respectivos. RESULTADOS: A amostra foi composta por 175 duplas mãe/recém-nascidos, sendo 51 no grupo DMG e 124 no grupo controle. As mulheres com DMG apresentaram significativamente maior idade, paridade, índice de massa corporal pré-gestacional e número de consultas de pré-natal em comparação ao grupo controle. No grupo DMG houve significativamente maior consumo de alimentos in natura (54%), seguido de ultraprocessados (20,69%), processados (15,72%) e ingredientes culinários (5,26%). No grupo controle houve maior consumo de alimentos in natura (46,70%), seguido de ultraprocessados (27,06%), processados (17,11%) e ingredientes culinários (4,06%). O aumento de 1% no consumo de alimentos in natura foi associado à diminuição de 234g do GPG em mulheres com DMG. Da mesma forma, o aumento de 1% de in natura foi associado à diminuição de até 13,78g do peso ao nascer nos descendentes de mulheres com DMG. Já o aumento de 1% no consumo de alimentos ultraprocessados esteve associado ao aumento de até 11,34g do peso ao nascer em mulheres com DMG. CONCLUSÃO: No grupo DMG, o maior consumo de alimentos in natura foi associado a menor ganho de peso gestacional e a melhores desfechos antropométricos, pricipalmente até os primeiros 15 dias de vida de seus descendentes. |