Ganho de peso gestacional e peso ao nascer em duas coortes brasileiras de mulheres com diabetes gestacional : estudos LINDA-Brasil e EBDG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silveira, Letícia Ribeiro Pavão da
Orientador(a): Drehmer, Michele
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188689
Resumo: A rápida transição nutricional tem aumentado a prevalência do excesso de peso entre as mulheres em idade reprodutiva, levando à gestações complicadas pelo diabetes melittus gestacional (DMG), bem como a desfechos perinatais adversos. O presente estudo tem por objetivo descrever e comparar o ganho de peso gestacional e o peso ao nascer, de duas coortes brasileiras de mulheres com DMG. Foram analisados dados do recrutamento e do pós-parto imediato de duas coortes brasileiras multicêntricas de mulheres com DMG, LINDA-Brasil de 2014-2017 e EBDG de 1991-1995. O ganho de peso gestacional (GPG) total e o IMC pré-gestacional foram classificados de acordo com os critérios do Institute of Medicine (2009). Macrossomia foi definida como peso ao nascer ≥4000g e baixo peso ≤2500g. Recém-nascido grande para idade gestacional (GIG) foi considerado peso para idade gestacional maior que o percentil 90 e pequeno para idade gestacional (PIG) menor que o percentil 10, conforme a classificação do Intergrowth 21st. A descrição dos dados foi apresentada através de frequências relativas e absolutas ou médias e desvio padrão. O teste ANOVA foi usado para apresentar diferenças entre as médias de peso ao nascer e GPG. Foram incluídas 2362 gestantes do LINDA-Brasil e 359 do EBDG. As mulheres do estudo LINDA-Brasil, comparadas ao EBDG, apresentaram maior IMC pré-gestacional (30,3 ± 6,5 kg / m² vs. 24,6 ± 4,4 kg / m²); a obesidade ocorreu em 46,4% (LINDA_Brasil) versus 11,1% (EBDG). O EBDG apresentou maior média do GPG total do que a LINDA-Brasil (11,3 ± 6,1 vs. 9,15 ± 7,7 kg); BPN (9,2% vs. 7,6%) e ASG (7,2% vs. 3,9%), bem como maior frequência de macrossomia (10% vs. 8,6%); a frequência de GIG foi semelhante (15,3% e 15,4%). Houve avanços nas últimas três décadas em relação ao GPG médio, a incidência de macrossomia, BPN e PIG em mulheres com DMG. Entretanto, o estado nutricional materno piorou, reforçando a necessidade de prevenir o sobrepeso pré-gestacional.