Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Roberto, Ana Paula dos Santos Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192381
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Resumo: |
Introdução: As alterações do sono durante a gestação são frequentes, em decorrência das modificações anatômicas e fisiológicas típicas dessa fase da vida e associam-se a diversos problemas de saúde para o binômio materno-fetal, especialmente déficit de desenvolvimento placentário, ocasionando pré-eclâmpsia e restrição de crescimento intrauterino; parto prematuro e alterações no sono do lactente. A presença de sobrepeso e/ou obesidade tem sido associada a distúrbios do sono em adultos e existe base para a hipótese de que o padrão nutricional pré- gestacional possa influir na qualidade do sono da mulher na gestação e que a má qualidade do sono, independente do estado nutricional pré-gestacional, é fator de risco para ganho de peso inadequado na gestação. Objetivo: estudar as associações entre estado nutricional pré-gestacional, ganho de peso na gravidez e qualidade do sono; construir tecnologia para autocontrole do ganho de peso na gravidez. Método: Trata-se de estudo transversal aninhado a um estudo de coorte que analisou aspectos da saúde mental de gestantes, sono e desfechos nutricionais. A coleta de dados foi realizada no período de maio de 2018 a junho de 2019 mediante entrevistas presenciais, telefônicas e consulta aos prontuários das gestantes. Utilizou-se a escala de sono Mini-sleep Questionnaire, adotando-se como ponto de corte o escore 30 para definição de distúrbio severo do sono. Calculou-se o Índice de Massa Corpórea pré-gestacional, classificando as participantes em eutrofia, baixo peso, sobrepeso e obesidade. Realizou-se análise bivariada dos dados e variáveis associadas ao nível de p<0,20 foram incluídas em análise multivariada, com intervalo de confiança de 95% e adotando-se p crítico <0,05. Resultados: Sobre as associações investigadas, não houve relação entre Índice de Massa Corpórea pré-gestacional e distúrbios do sono. Distúrbios do sono aumentaram o risco de ganho de peso inadequado (e para menos): cada ponto a mais no escore do sono aumentou em 3% o risco de ganho de peso insuficiente. Achado deste estudo, houve associação entre aumento no Índice de Massa Corpórea pré-gestacional e ganho de peso excessivo na gestação. Construiu-se aplicativo para celular, permitindo o acompanhamento do ganho de peso gestacional pelas gestantes, assim como disponibilizaram-se orientações educativas relevantes para os diferentes períodos da gestação, tomando por base informações referentes aos 10 Passos da Alimentação Saudável e sobre hábitos de vida saudáveis. Conclusão: O MiniSleep Questionaire evidenciou frequência elevada de distúrbio severo de sono, visto que a cada dez gestantes participantes, seis o apresentaram. Sobre as associações investigadas, não houve relação entre Índice de Massa Corpórea pré-gestacional e distúrbios do sono; foi confirmada a hipótese que, independentemente do estado nutricional pré-gestacional, a má qualidade do sono está associada ao ganho de peso gestacional inadequado e foi identificado que o aumento no Índice de Massa Corporal pré-gestacional se associa ao ganho de peso excessivo na gestação. Assim, ações educativas devem ser incluídas no período pré-concepcional, de forma a favorecer a gravidez em condição de eutrofia e no cuidado pré-natal, visando a adoção de hábitos que favoreçam o sono. |