Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Vanessa Averof Honorato de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-22092021-140604/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O ganho de peso gestacional é importante índice para a saúde e a qualidade de vida das mulheres e de seus fetos especialmente em gestantes com Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). Porém, ainda persistem dúvidas em relação à influência do Índice de Qualidade da Dieta (IQD), da Atividade Física (AF) e do estado nutricional pré-gestacional no ganho de peso gestacional total em gestantes com DMG. OBJETIVO: Avaliar a associação do IQD e os níveis de AF com a adequação do ganho de peso durante a gestação de mulheres com DMG. MÉTODO: Foi desenvolvido estudo descritivo, prospectivo, tipo coorte, de gestantes com diagnóstico de DMG, com 226 mulheres atendidas na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo entre maio de 2017 e outubro de 2018. Foram incluídas as gestantes com idade 18 anos, feto único, ausência de intolerância à glicose prévia à gestação, diagnóstico de DMG de acordo com International Association of Diabetes and Pregnancy Study Groups (IADPSG), sem uso crônico de glicocorticoides ou medicamentos antirretrovirais para vírus HIV e aceitação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídas as que tiveram impossibilidade de entender e/ou responder os questionários da pesquisa, perda de seguimento durante a gestação e registro médico incompleto. Os dados socioeconômicos, obstétricos, clínicos, antropométricos, consumo alimentar, AF, estilo de vida, dados do parto e recém-nascidos foram coletados. Para avaliar o consumo alimentar foi aplicado um questionário de frequência alimentar (QFA), e o IQD foi quantificado a partir do índice validado e revisado para o Brasil (IQD-R), para avaliar a AF foi utilizado Preqnancy Physical Activity Questionnaire (PPAQ). O ganho de peso gestacional foi obtido pela diferença entre o peso ao final da gestação e o peso pré-gestacional e classificado em ganho de peso adequado (GPA), ganho de peso insuficiente (GPI) e ganho de peso excessivo (GPE), segundo critérios do Institute of Medicine (IOM). Foi realizada a análise múltipla de regressão multinomial, para o desfecho ganho de peso, utilizando os dados: pontuação final de IQD-R, o grupo de moderação do IQD-R, escore total de AF e IMC pré-gestacional. O software utilizado para a análise foi SPSS versão 23.0 e o nível de significância foi de P < 0,05. RESULTADOS: A amostra final foi constituída de 172 pacientes que foram divididas em 3 grupos de acordo com a adequação do ganho de peso durante a gestação. Os grupos formados foram: GPA: 57 (33,1%); GPI: 47 (27,3%) e GPE: 68 (39,5%). A regressão logística multivariada indicou que as gestantes que faziam AF no 1° Tercil 84 METs/semana (OR: 3,80; IC 95%: 1,32 10,92) ou no 2° Tercil > 84 a 135.50 METs/semana (OR: 3,99; IC 95%:1,34 11,90) apresentaram maior chance de GPI. Já as gestantes com baixa pontuação final de IQD-R (27,6 a 50), que é uma dieta inadequada, apresentaram maior chance de GPE (OR: 2,33; IC 95%: 1,02 5,36). As gestantes que fizeram AF no 2° Tercil ( > 84 a 135.50 METs/semana) apresentaram chance de OR: 3,47 (IC 95%: 1,36 8,89) de terem GPE. Em relação ao IMC pré-gestacional, as gestantes com DMG que iniciaram a gestação com a classificação de obesidade apresentaram a chance de OR: 3,20 (IC 95%: 1,14 8,99; p= 0,027) de apresentar GPE. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou que os baixos níveis de AF podem contribuir para o GPI. Já uma baixa pontuação final de IQD-R que representa uma alimentação inadequada, baixos níveis de AF e classificação de obesidade pré-gestacional podem aumentar a chance de GPE em pacientes com DMG |