Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Zanella, Larissa Wagner |
Orientador(a): |
Valentini, Nadia Cristina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/249671
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Resumo: |
Introdução: A identificação do nível de desenvolvimento motor em crianças devem ser conduzidos utilizando instrumentos confiáveis e válidos para que os resultados sejam confiáveis. Diversos instrumentos são utilizados na finalidade de avaliar o comportamento motor infantil no mundo todo, entretanto, verificase a necessidade de confirmar sobre o quão válidos são esses instrumentos para identificar e acompanhar o desenvolvimento motor desde o nascimento até a idade pré-escolar. Ainda mais, o quanto esses instrumentos são capazes de predizer os desempenhos futuros das crianças, bem como em um contexto cultural diferente da amostra normativa. Objetivos: O presente estudo teve os seguintes objetivos: artigo (1) investigar a validade de construto do Peabody Developmental Motor Scales-Second Edition (PDMS-2) para crianças brasileiras; artigo (2) verificar a validade de critério do PDMS-2 através da validade concorrente, validade preditiva e discriminante; artigo (3) investigar as propriedades de medida do PDMS-2 em crianças; artigo (4) avaliar e descrever as curvas de desempenho motor grosso e fino para a idade, comparar o desempenho motor das crianças brasileiras com a amostra original, e, estabelecer normas para a população brasileira. Métodos: Para contemplar cada um dos objetivos foram utilizados os seguintes métodos: artigo (1) para a validade de conteúdo, participaram do estudo 13 profissionais: quatro professores bilíngues, três professores universitários, dois profissionais de saúde para o processo de validade de face e quatro doutorandos em educação física. Para a validade de construto, uma amostra composta por 637 bebês e crianças (325 meninas e 312 meninos) com idade entre zero e 71 meses (n=399 0-23 meses; n=238 24-71 meses) foi avaliada com o PDMS-2; artigo (2) para a validade concorrente e discriminante, um grupo de 21,42% da amostra original (n=637) foi avaliado com o PDMS-2 e com outros testes com o mesmo construto ou um construto correlato. Para os bebês de zero à 18 meses (n=69) foi administrado o PDMS-2 e a AIMS; e para as crianças com idade entre 36 e 71 meses (n=67) foi administrado o PDMS-2 e o MABC-2 em um intervalo de tempo de no máximo cinco dias. Para a validade preditiva, 17% da amostra total fizeram parte dessa etapa, ou seja, 108 crianças com idade na 1º avaliação entre 0 e 71 meses foram acompanhadas longitudinalmente por quatro meses; artigo (3 e 4) para a análise de Rasch e avaliação das curvas de desempenho, participaram 637 crianças (51% meninas) com idades entre 0 a 71 meses (M= 21,7, DP = 18,6). Resultados: Os seguintes resultados foram encontrados: artigo (1) a versão brasileira do PDMS-2 (PDMS-2-BR) apresentou características psicométricas equivalentes à versão original; artigo (2) o coeficiente de correlação intraclasse com todas as subescalas da AIMS e PDMS-2 mostrou elevada correlação entre as baterias; diferentemente da análise de correlação entre PDMS-2 e MABC-2. A análise de regressão linear demonstrou efeito significativo da idade para todas as subescalas, indicando predição de desenvolvimento. A análise discriminante linear de Fisher indicou que a função com as subescalas reflexo, equilíbrio, locomoção, preensão e integração visuomotora foram capazes de discriminar de forma significativa as categorias da AIMS; o mesmo não foi observado para as categorias do MABC-2; artigo (3) a maioria dos itens do PDMS-2 nas subescalas avaliaram os construtos pretendidos e eram essencialmente unidimensionais. Na sua maioria, os itens que apresentaram desajuste foram em função de valores altos no outfit. Doze itens apresentaram desajuste; artigo (4) houve um aumento significativo nos desempenhos motores de acordo com a faixa etária em todas as subescalas. Foram observadas diferenças significativas no desempenho motor entre a amostra brasileira e amostra normativa americana nas médias da subescala PDMS-2, e portanto, normas para a população brasileira foram estabelecidas. Considerações Finais: Este estudo de validação assegurou que o PDMS-2 é capaz de mensurar as mudanças no desenvolvimento motor para crianças brasileiras. O PDMS-2 demonstrou compatibilidade com a AIMS, confiabilidade em predizer desempenhos futuros e capacidade discriminante, portanto, habilita-se para acompanhar o desenvolvimento infantil, principalmente durante a primeira infância. Os resultados demonstraram que o PDMS-2 apresentou resultados satisfatórios quanto à sua construção, apresentando-se assim como um instrumento confiável para administração em nossa população. Além disso, verificou-se que se trata de um instrumento confiável para avaliar o desenvolvimento motor em crianças, seja relacionado à idade em um determinado momento, ou ao longo do tempo, e de seu uso para mensurar o impacto interventivo. |