Desenvolvimento motor nos primeiros cinco anos de vida : um estudo comparativo e associativo em fatores de risco perinatais e contextuais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Ferreira, Kety Suelyn
Orientador(a): Valentini, Nadia Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256473
Resumo: Introdução: As crianças aprendem e se desenvolvem a partir das interações entre as experiências motoras com o ambiente e os diferentes estímulos ofertados durante os primeiros anos de vida. Fatores perinatais como a prematuridade, peso e o comprimento ao nascer, assim como fatores contextuais, por exemplo as condições socioeconômicas, a frequência em escolas e a região de moradia, podem influenciar no desenvolvimento integral das crianças. Essas interações são responsáveis por progressões importantes no comportamento motor, ou na falta deles, por prejudicar as aquisições motoras. Com a intenção de minimizar possíveis riscos ao desenvolvimento infantil, identificar a prevalência de atrasos motores em crianças de diferentes faixas etárias, nascidas prematuras e a termo, afetadas por diferentes condições de desenvolvimento é fundamental. Objetivos: artigo (1) Comparar o desenvolvimento motor de crianças entre zero e cinco anos em relação a riscos perinatais (prematuridade, peso e comprimento ao nascer) e contextuais (níveis socioeconômicos, frequentar escolas infantis e residir em região urbana e rural) e artigo (2) Examinar os fatores de risco perinatais (idade gestacional, peso e comprimento ao nascer) e contextuais (nível socioeconômico, frequentar escolas infantis, residir em região urbana e rural) associados com o desempenho motor de crianças nascidas prematuras e a termo nos primeiros cinco anos de vida. Método: Estudo de caráter observacional com delineamento transversal. O desempenho motor das crianças foi avaliado com a Peabody Developmental Motor Scales - Second Edition (PDMS-2) e dois questionários foram respondidos pelos responsáveis, os quais contavam com questões referentes às variáveis biológicas e ambientais das crianças. Em relação à amostra, para o artigo (1) Participaram do estudo 626 crianças (50,6% meninas) nascidas prematuras e a termo, com idade entre 0 e 71 meses (M= 21,64 DP= 18,58). A análise estatística está apresentada em média e desvio padrão, frequência absoluta e relativa. Para comparação entre os grupos foi utilizado o teste de ANOVA fatorial simples; no artigo (2), participaram 618 crianças de 0 a 71 meses, 521 nascidos à termo e 97 prematuros. Análises de regressão linear múltipla univariada foram utilizadas para verificar o efeito dos fatores perinatais e contextuais. Resultados: artigo (1) Em referência aos domínios motores, no escore padrão total diferenças foram observadas para: crianças nascidas prematuras e a termo, frequentar escolas e região de moradia. No domínio motricidade grossa houve 5 diferença entre os grupos de níveis socioeconômicos. O domínio motricidade fina apresentou diferença entre frequentar escolas e região de moradia. Diferenças nas subescalas motoras também foram observadas em todos os grupos; em relação ao artigo (2), foi observado que ser do sexo masculino e morar na região urbana foi significativa e positivamente associado ao desempenho motor das crianças nascidas prematuras e à termo. A escola teve associação positiva e significativa com o desempenho motor das crianças nascidas prematuras. Considerações finais: O estudo permite identificar aonde se concentram as crianças com maior risco de atrasos motores, demonstra a relevância da avaliação motora e a importância do acompanhamento do desenvolvimento. Os resultados evidenciam a necessidade de programas e projetos de acompanhamento do desenvolvimento infantil, para que quando necessário a criança possa receber o suporte adequado para prevenir atrasos motores ao longo da vida.