Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Mota, Yanaêh Vasconcelos |
Orientador(a): |
Del Ben, Luciana Marta |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/280756
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo geral compreender a trajetória de pessoas trans* e travestis para tornarem-se docentes de música. Teoricamente, a tese se sustenta em ideias de Judith Butler sobre heteronormatividade, conceito ampliado por transfeministas a partir da ideia de cisgeneridade, performatividade de gênero, sujeição, abjeção e precariedade. Tais ideias dizem respeito à constituição de sujeitos inteligíveis, a partir de normas de gênero e sexualidade. Sob a perspectiva da pesquisa (auto)biográfica, os dados foram produzidos por meio da técnica de entrevista narrativa. Foram realizadas, ao todo, seis entrevistas narrativas com duas professoras travestis e um professor transmasculino licenciadas/o em música. As entrevistas serviram de base para a compreensão da trajetória de cada pessoa na docência de música, considerando o percurso até o ingresso no curso de licenciatura em música, a transição de gênero, o tornar-se professora travesti ou professor transmasculino e os desafios da atuação na profissão docente. Os resultados evidenciam a escolha pela graduação em música, diferentes graus de investimento nas carreiras docentes, a precariedade experienciada na infância, as temporalidades diferentes das transições de gênero, a emergência da violência, o engajamento das três pessoas entrevistadas em construírem ambientes acolhedores para atuarem, as relações e negociações com pessoas inseridas em seus contextos profissionais e a busca pelo reconhecimento na profissão docente. A pesquisa sugere que as trajetórias das pessoas trans* e travestis para tornarem-se docentes de música se dá por meio de movimentos para alcançar a existência de si antes ou durante a atuação docente. Assim, para existir como docente de música, é necessário manejar, em um processo contínuo, a própria existência como sujeito, negociando com pessoas constituintes do processo educativo e com o contexto em que estão inseridas/o. |