Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gabriel Veber Moisés da |
Orientador(a): |
Rosito, Tiago Elias |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/196872
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Resumo: |
Introdução:desde 1998, é conduzido no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) o Programa de Transtorno de Identidade de Gênero (PROTIG), o pioneiro no Brasil e um dos principais na América Latina, completamente coberto pelo sistema de saúde público. Como tratamento cirúrgico, o flap penoescrotal invertido é considerada a técnica padrão para cirurgia afirmativa de gênero (GAS – gender-affirming surgery) e é a realizada no nosso serviço. Objetivos: o objetivo deste estudo foi descrever os resultados e complicações do GAS realizadas em mulheres transexuais para determinar a segurança e eficácia da cirurgia de afirmação de gênero. Métodos: estudo de coorte retrospectivo de base hospitalar realizado com dados de prontuários de pacientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Nossa amostra populacional incluiu 186 mulheres transexuais que passaram por GAS de janeiro de 2000 a julho de 2017 no HCPA. Todos os indivíduos foram submetidos a uma clássica vaginoplastia de inversão peniana, sendo utilizado o retalho cutâneo invertido do pênis como revestimento da neovagina. As medidas de desfecho incluíram complicações intra-operatórias e pósoperatórias, reoperações, técnicas cirúrgicas secundárias e prováveis fatores de risco. Resultados: a média de idade dos pacientes foi de 32,2 anos (18-61) e o tempo médio de cirurgia foi de 3,3 horas (2-5); a duração média da terapia hormonal antes da cirurgia foi de 12 anos (variação de 1-39). As complicações pós-operatórias mais frequentes foram: tecido de granulação e estenose uretral (23,6%), estenose do intróito da neovagina (18%) e hematoma/sangramento excessivo (10,2%). Um total de 36 pacientes (19,3%) foi submetido a alguma forma de reoperação. Cento e quarenta e seis (80,7%) pacientes em nossa - 8 - série foram capazes de ter relações sexuais regulares, e nenhum indivíduo lamentou ter sofrido GAS. Conclusões: nosso estudo demonstra que o GAS é uma operação geralmente segura, com baixos índices de complicações graves e enfatiza o alto índice de funcionalidade da neovagina, bem como a satisfação pessoal subjetiva. |