Paleoníveis marinhos e paleolinhas de costa na Bacia de Pelotas : reconstruções do nível do mar durante o Quaternário Superior a partir de sismoestratigrafia e indicadores múltiplos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Hahn, Ana Rita Oliveira
Orientador(a): Weschenfelder, Jair
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/222201
Resumo: Esta Tese aborda a integração entre a sismoestratigrafia rasa da plataforma continental do Rio Grande do Sul(RS) e os indicadores múltiplos de variação do nível do mar, reconstruindo-se o comportamento do nível marinho e a paleogeografia da bacia sedimentar de Pelotas no Quaternário Superior. Por meio do uso de registros sísmicos de alta freqüência (3,5kHz) e resolução, efetuou-se um mapeamento de elementos arquiteturais sísmicos equivalentes a sistemas deposicionais. Através de uma revisão bibliográfica crítica, constatou-se que há um maior número de pesquisas que tiveram como base indicadores de níveis regressivos cuja resolução espacial é horizontal,os quais têm como análogos os sistemas laguna-barreira e de paleodrenagens existentes na Planície Costeira do RS (PCRGS). Nos registros sísmicos, foram identificados sistemas de drenagem e de barreiras costeiras pretéritos. A espacialização das incisões fluviais e das paleobarreiras e sua associação aos indicadores de paleoníveis marinhos levantados na bibliografia resultou na reconstrução de cenários geográficos desde o Último Máximo Glacial. Durante a elevação das médias térmicas globais e a consequente transgressão, o clima global oscilou entreperíodos de maior resfriamento e de maior aquecimento, resultando em fases de estabilização do nível marinhoe de retomada e aceleração da transgressão. Nas estabilizações, sistemas costeiros foram desenvolvidos, enquanto que nas retomadas e aceleração da subida do nível marinho, esses sistemas foram afogados in situe parcialmente preservados na plataforma continental do RS. A área de estudo, em função deser uma margem continental passiva não-glacial, acomoda o desenvolvimento de incisões fluviais e de barreiras costeiras. As incisões associam-se a essas altas taxas de acomodação, possibilitando maior deposição ao serem inundadas e, sob cenários de maior velocidade da transgressão, maiores potenciais de preservação. Essa característica, somada à transgressão por meio de pulsos de redução e/ou aceleração da velocidade, resultou no afogamento in situ e preservação das feições analisadas.