Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Leal, Renato Amabile |
Orientador(a): |
Barboza, Eduardo Guimarães |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/263279
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Resumo: |
Os estudos sobre morfologia costeira estão cada vez mais dedicados a entender as conexões existentes entre a morfodinâmica dos ambientes costeiros e as variabilidades climáticas. As mudanças morfológicas nas zonas costeiras variam em escala de tempo e espaço, e resultam da interação entre os processos dinâmicos e a morfologia presente, embasadas por um contexto geológico específico. Um dos principais desafios das ciências costeiras é trabalhar com escalas espaciais e temporais distintas, e uma das questões mais recorrentes é como as variabilidades climáticas podem impactar o ambiente costeiro em suas diversas escalas de atuação. A porção emersa da Bacia de Pelotas, no sul do Brasil, apresenta um extenso sistema de barreiras costeiras holocênicas cronocorrelatas que evoluíram de forma assíncrona durante o Holoceno médio e tardio (últimos 7 ka). Essa evolução está associada aos processos alóctones - externos à Bacia, como as variações globais do nível do mar - e aos processos autóctones - de origem costeira, intrínsecos à Bacia - os quais resultaram/resultam em diferentes características estratigráficas e morfológicas ao longo dos 760 km de extensão costeira. A hipótese proposta nesta Tese é que, atualmente, os fatores autóctones possuem maior influência no comportamento e na evolução da barreira costeira holocênica no setor norte da Bacia de Pelotas, em comparação ao controle exercido pelos fatores alóctones.Sendo assim, este estudo objetivou investigar, em diferentes escalas temporais, o padrão evolutivo, as variações morfológicas e os fatores condicionantes responsáveis por essas alterações, e, consequentemente, e por fim buscar o estabelecimento de uma teleconexão entre os eventos. Para tanto, é analisada a barreira costeira holocênica no litoral sul de Santa Catarina, na região da foz do rio Urussanga. Os principais resultados obtidos indicaram: (i) Em escala geológica, a barreira costeira holocênica apresenta comportamento progradacional. Os dados obtidos com o Georadar (GPR) permitiram visualizar a presença de paleocanais em subsuperfície e a interdigitação entre depósitos aluviais e marinhos. Esta interdigitação evidencia a influência de sistemas fluviais na evolução da barreira; (ii) Em superfície, a datação por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) das fases dos Lençóis de Areias Transgressivos (TSS) evidenciaram idades muito recentes. Ao associar as idades dos pulsos eólicos com os modos de variabilidade climática de baixa e de baixíssima frequência, encontrou-se uma clara relação entre o comportamento do sistema eólico com as condições climáticas regidas pela Oscilação Decadal do Pacífico (ODP). |