Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sarmento, Thaís Ferrugem |
Orientador(a): |
Mendes, Jussara Maria Rosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/157670
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Resumo: |
O atual processo de reestruturação produtiva trouxe profundas transformações na gestão e na organização do trabalho no contexto das universidades públicas no Brasil, repercutindo na saúde de seus servidores. A extinção de cargos no âmbito do serviço público federal, preconizada no Plano Diretor da Reforma do Estado nos anos 1990 e implementada pela Lei nº 9.632 de 1998, atinge o conjunto do funcionalismo, incidindo nas universidades públicas federais. Assim, esta pesquisa objetiva dar visibilidade aos efeitos das transformações ocorridas nas universidades públicas federais na saúde e no trabalho dos servidores ocupantes de cargos em processo de extinção. Trata-se de um estudo qualitativo, desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o qual contou com a realização de entrevistas semiestruturadas com nove servidores ativos ocupantes de cargos em processo de extinção, um representante do setor de gestão de pessoas e um representante sindical. As entrevistas, depois de transcritas, foram submetidas à análise de conteúdo temática e divididas considerando-se as seguintes categorias: mercado de trabalho; condições de trabalho; saberes do trabalho; relações do e no trabalho; relações entre trabalho e outras dimensões da vida; cargo e atividades desempenhadas. Os servidores descrevem as dificuldades de inserção no mercado de trabalho como a principal justificativa para ingresso e permanência na universidade. A escolaridade acima da exigida pelo cargo e o amplo conhecimento institucional adquirido ao longo dos anos de trabalho, aliados à falta de servidores em algumas áreas, contribuem para que suas atividades se modifiquem ao longo dos anos. Tal contexto permite a estes servidores suprir lacunas institucionais, tornando o desvio de função uma das principais características desses cargos. Práticas de gestão com caráter fortemente culpabilizante e individualizante levam ao ocultamento dos processos institucionais que constituem a realidade de trabalho desses servidores. O enfrentamento das dificuldades se dá predominantemente por meio de estratégias individuais, as quais, conjuntamente com as frágeis estratégias coletivas sustentadas nas relações de troca e ajuda mútua, têm efeitos meramente paliativos, sendo incapazes de modificar a condição em que os servidores se encontram. Conclui-se que o trabalho destes servidores é composto por um conjunto de elementos heterogêneos e contraditórios, no seio do qual lhes restam poucas e limitadas alternativas, sendo as estratégias individuais por eles empregadas incapazes de solucionar as dificuldades enfrentadas. O sofrimento social emerge como principal efeito das mudanças da universidade na saúde dos servidores ocupantes de cargos em extinção. |