Efeito da suplementação de vitamina D no envolvimento muscular em modelo experimental de lúpus eritematoso sistêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Manuela dos
Orientador(a): Xavier, Ricardo Machado
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213286
Resumo: Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune sistêmica, de etiologia multifatorial. Dentre as alterações musculoesqueléticas, observa-se com frequência mialgias e miosite, o que causa perda de força muscular nos pacientes. Neste contexto, a suplementação de vitamina D demonstra ter efeitos benéficos na morfologia e função muscular. Objetivos: Descrever as alterações histológicas e moleculares do músculo gastrocnêmio sem e com suplementação de vitamina D em modelo de lúpus induzido por pristane. Metodologia: 28 camundongos Balb/c fêmeas de 8-12 semanas de vida foram randomizados em três grupos, sendo eles: LES (doente; n=10), LES + vitamina D (tratado; n=10) e controle (n=8). O modelo experimental de LES foi induzido, através de injeção intraperitoneal de 500μl de pristane. O grupo tratado recebeu vitamina D por via subcutânea, na concentração de 2μg/kg, em dias alternados. O tratamento iniciou após a indução da doença, e permaneceu até o final do período experimental de 180 dias. Os testes físicos de força (levantamento de peso), locomoção espontânea e fadiga (teste em esteira) foram realizados nos tempo 0, 60, 120 e 180 dias. Após eutanásia, o músculo tibial anterior foi utilizado para avaliação da área da miofibra e o músculo gastrocnêmio para análise da expressão proteica de marcadores de regeneração (myod, miogenina), síntese (AKT) e degradação (murf, miostatina, P62, LC3) muscular, através da técnica de Western blot. Resultados: O grupo PIL mostrou uma redução significativa na área de miofibra em comparação aos grupos CO e VD (10%). A expressão de LC3 foi significativamente maior no grupo PIL do que nos grupos CO e VD. A expressão de miostatina foi maior no grupo VD em comparação ao grupo PIL. A expressão de Myod foi maior no grupo PIL do que no grupo VD. Não encontramos diferença estatística entre os grupos para a expressão de p62, miogenina e Akt (p> 0,05). Os grupos PIL e VD apresentaram maiores taxas de fadiga e menor força muscular em comparação ao grupo CO ao longo do tempo. Conclusão: Nesse modelo de lúpus induzido por pristane, observou-se leve atrofia muscular (10%), sem impacto importante na função física. O aumento de LC3, biomarcador de autofagia, indica potencial participação desse processo no desenvolvimento da atrofia, o qual foi atenuado com a suplementação de vitamina D. Mais estudos sobre o efeito da Vitamina D no processo de autofagia são necessários.