Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Eduarda Correa |
Orientador(a): |
Monticielo, Odirlei André |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/198416
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória multifatorial e autoimune, caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos (IC), inflamação em diversos órgãos e dano tecidual. O estudo de diferentes modelos animais proporcionou uma melhor compreensão desta doença. O modelo de lúpus induzido por pristane representa um modelo adequado para estudar fatores que podem influenciar a indução e/ou progressão do LES, incluindo fatores genéticos. A vitamina D, é um destes fatores, e exerce efeitos imunomodulatórios nas células do sistema imune, dentre elas linfócitos T, linfócitos B e células dendríticas. Desta forma a suplementação de vitamina D pode interagir minimizando os sintomas do lúpus. OBJETIVO: Avaliar o desenvolvimento e evolução de LES após suplementação de vitamina D em modelo experimental de lúpus induzido por pristane. METODOLOGIA: O modelo experimental foi induzido com uma injeção intraperitoneal contendo 500ul de pristane em camundongos BALB/c fêmeas de 8-12 semanas de idade. Os animais foram divididos em três grupos: grupo controle (CO), grupo lúpus induzido por pristane (PIL) e grupo lúpus induzido por pristane suplementado com vitamina D (VD). Após a indução do modelo, os animais do grupo VD foram tratados com vitamina D através de injeção subcutânea contendo 100ul de Calcijex [2ug/kg/animal] diluído em PBS-Tween 20 em dias alternados durante 180 dias. Nós tempos 0, 60, 120 e 180 dias após a indução foi avaliado escore clínico articular, nocicepção por Von Frey e o edema articular por pletismômetro. No dia 150 após a indução do modelo foi coletado urina em gaiola metabólica para dosagem de proteína na urina. No dia 180 após a indução os animais foram submetidos à eutanásia. No mesmo tempo, foi coletado soro para dosagem de citocinas inflamatorias, e tecido articular e renal para análise histológica. RESULTADOS: Os animais do grupo PIL apresentaram artrite e lesão renal, caracterizada pelo aumento dos níveis de proteinuria, deposição de IC e hipercelularidade mesangial glomerular. Além disso, os animais do grupo PIL demonstraram níveis aumentados de IL-6, TNF-α e IFN-γ no soro. No presente estudo, nós observamos que o tratamento com vitamina D melhorou a artrite através da redução da incidência de artrite e da redução de escore clínico articular e edema das patas posteriores, mas não foi capaz de influenciar na lesão renal. O tratamento com vitamina D não reduziu níveis de proteinuria, hipercelularidade mesangial glomerular e deposição de IgG e IgM no tecido renal. A suplementação de vitamina D não alterou os níveis séricos das citocinas IL-6, TNF-α, IL-2 e IL-4, mas reduzir os níveis de séricos de IFN-γ. CONCLUSÃO: Neste estudo demonstrou-se que a vitamina D foi capaz de modular os sintomas clínicos e histopatológicos da artrite, mas não alterou o curso clínico e histopatológico da doença renal, apesar de ter modificado o perfil de citocinas. Estes resultados confirmam que o papel da vitamina D pode ser diferente dependendo do sítio de ativação, o que poderia explicar diferentes respostas de acordo com o fenótipo clínico. Ainda é necessário explorar a concentração de dose adequada e segura, o tempo de tratamento e a influência da vitamina D nas diferentes bases moleculares no LES. |