Paleoambientes da porção central da planície costeira catarinense (praia da Pinheira, Brasil) durante o holoceno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Wagner Guimarães da
Orientador(a): Souza, Paulo Alves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/189018
Resumo: Trabalhos de cunho palinológico têm sido desenvolvidos em diferentes setores da costa brasileira com o objetivo de reconstruir a vegetação, o clima e as condições ambientais relacionadas às flutuações do nível do mar durante o Quaternário. Entretanto, a maioria dessas análises privilegia os palinomorfos terrestres, especialmente grãos de pólens e esporos, com pouco aprofundamento taxonômico e de análise dos representantes marinhos (cistos de dinoflagelados, acritarcos, palinoforaminíferos, ovos de copépodes). Este trabalho apresenta a integração da análise palinológica, de palinofácies e isótopos estáveis (δ13C e C/N) do poço PSC-03 de idade holocena (entre 7744 anos cal AP e o Presente), perfurado na Planície Costeira de Santa Catarina, sul do Brasil. A não exposição das amostras a métodos agressivos, tais como oxidação e acetólise, durante o processamento laboratorial permitiu a recuperação de cistos da Família Protoperidiniaceae. Quatro espécies (Brigantedinium simplex, Selenopemphix nephroides, S. quanta, Operculodinium centrocarpum) de cistos de dinoflagelados são descritos e ilustrados aqui, constituindo uma das associações fósseis mais diversificadas do grupo para o Holoceno brasileiro. Além dos cistos de dinoflagelados. O termo “Tintinomorfos” é introduzido pela primeira vez para o Holoceno brasileiro, abrangendo seis tipos distintos, descritos e ilustrados (SPHERO-1, ELELNO-14, ESABNO-6, HEXANO-2, RECTNO-1, AROBNO-3). A análise combinada de δ13C e C/N das amostras selecionadas, demonstra que a matéria orgânica é oriunda de duas fontes distintas: marinha e terrestre. A análise palinofaciológica revelou três distintas palinofácies (I, II e III): a Palinofácies I (7744 a 2.884 anos cal AP) caracteriza condições de ambiente marinho marginal; a Palinofácies II (2857 a 2276 anos cal AP) caracteriza ambiente com a presença de pequena lâmina d’água, área úmida ou solos encharcados; a Palinofácies III (2124 anos cal AP até o Presente) caracteriza a colonização da área do sítio deposicional por formas arbóreas constituintes da Mata Atlântica.