Erro de extensão na amostragem de minérios

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Tomazi, Gustavo Leandro
Orientador(a): Souza, Vládia Cristina Gonçalves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Ash
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/250569
Resumo: A amostragem pode ser definida como processo de retirada de incrementos de um lote que se deseja amostrar. Esse processo tem repercussão em todas as etapas de um empreendimento mineiro. Uma amostragem mal conduzida pode resultar em graves consequências, como inviabilidade de um depósito, perda de eficiência em uma planta de beneficiamento ou multas contratuais. Segundo Gy (1982), a amostragem é uma técnica e uma ciência, por vezes, subestimada. Além dos erros de amostragem vinculados ao protocolo de preparação das amostras de laboratório, bem como tantos outros muito bem descritos por Gy, é preciso considerar os erros de extensão, que dizem respeito ao erro cometido ao estender o resultado das análises das amostras para todo o lote. O erro de extensão pode ser determinado por meio de um teste variográfico especificamente projetado para um determinado estudo ou contexto (objetivos diversos). Assim, dentre os objetivos propostos desta pesquisa estão explicar o conceito físico deste erro e sua dedução matemática, analisando e discutindo seus desdobramentos, tais como as questões: (a) a fórmula de Gy da variância do erro fundamental é realmente acurada?; (b) como o modelo discreto dos erros de amostragem de Gy se relaciona ao modelo contínuo? e (c) como é possível aplicar o cálculo deste erro para os mais diferentes fins (reconciliação, controle de processo e cláusulas contratuais) e como ele se integra a uma nova proposta de QAQC (Quality Assurance and Quality Control)? Ainda, para exemplificar a aplicabilidade do erro de extensão, foi executado um teste variográfico em uma mineradora de carvão com respeito à amostragem no cliente (termoelétrica) para verificar as incertezas. Os resultados do cliente mostraram erros consideráveis de viés e de extensão para o teor de enxofre em especial. Assim, recomendou-se à empresa mineradora diminuir os intervalos de coleta praticados na amostragem automatizada de correia e à termelétrica cessar a prática de amostragem em pilhas. Em ambos os casos, e em qualquer outro, é fundamental conhecer a variância intrínseca do material/lote e os erros associados à amostragem para otimizar protocolos.