Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Brezolin, Éverton Carlos |
Orientador(a): |
Netto, Carlos Alexandre |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/216786
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Resumo: |
A Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica Neonatal (EHIN) tem como etiologia processos asfíxicos perinatais de variadas intensidades, que apresentam alta taxa de morbimortalidade. A neuropatologia da EHIN é oriunda da diminuição da taxa de oxigênio (Hipóxia) e do aporte de glicose, ocasionada pela isquemia encefálica, a qual está relacionada à fisiopatologia de distúrbios como a epilepsia, o autismo, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), além das alterações na aprendizagem, ansiedade e na promoção de déficits motores. A EHIN apresenta relação direta com o desenvolvimento de ansiedade, assim como a possível promoção de Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo (TEOC). Os TEOC se caracterizam pelas alterações encefálicas estruturais e bioquímicas que geram condutas obsessivas, caracterizadas por pensamentos repetitivos para algum fator desencadeante como higiene, organização, etc. Essas obsessões, quando identificadas, podem ser neutralizadas e/ou aliviadas por meio de condutas compulsivas, caracterizadas por comportamentos repetitivos/estereotipados, que aliviam as altas taxas de ansiedade. O presente estudo teve como objetivo avaliar o desenvolvimento de comportamentos do tipo-TEOC em ratos submetidos ao modelo de EHIN. O modelo de indução à EHIN ocorre pela oclusão unilateral permanente da artéria carótida, seguido da exposição à uma atmosfera hipóxica (8% de O2) por 60 minutos no 7º dia de vida pós-natal (DPN). Esse modelo promove lesões, principalmente, no córtex cerebral, na substância branca periventricular e subcortical, nos núcleos da base e no Hipocampo. Para a indução de TEOC, controle positivo do estudo, utilizou-se o modelo de sensibilização ao comportamento do tipo-TEOC induzido pelo uso crônico do agonista de receptores dopaminérgicos do tipo-D2, Cloridrato de Quimpirol (Cq) na dose de 0,5 mg/kg, injetado intraperitonealmente. Foram 10 aplicações com intervalos de 3 dias entre elas, iniciando no 25ºDPN até o 60ºDPN. Utilizou-se ratos machos da linhagem Wistar, divididos nos grupos: HIN (ratos submetidos ao modelo de EHIN), Cq (ratos submetidos ao modelo de TEOC) e Controle. No 62ºDPN, na análise comportamental de estereotipias a partir da análise de grooming, ambos os grupos HIN e Cq, apresentaram um aumento nas crises de grooming e de transições incorretas em relação ao padrão de transições corretas no ato de autolimpeza. Pela análise de imunofluorescência no estriado anterodorsal, o grupo HIN apresentou uma redução nos receptores dopaminérgicos do tipo-D1, enquanto que o modelo de Cq aumentou a expressão dos receptores do tipo-D2. Em ambos os modelos, a expressão de D1 foi menor do que a expressão de D2. Com base nos achados comportamentais, pode-se concluir que o modelo de EHIN pode ser um possível candidato para estudos de comportamentos do tipo-TEOC, uma vez que causa comportamento do tipo ansioso e estereotipias semelhantes às presentes no modelo de indução de TEOC. |