Tecendo imagens : operando experiências no plano do "comum"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Spohr, Fúlvia da Silva
Orientador(a): Maraschin, Cleci
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/62107
Resumo: Este trabalho conta como uma experiência com tecnologias videográficas produziu efeitos nos modos de coordenar ações, produzir distinções e nas emoções de um grupo de trabalhadores e usuários de um serviço de saúde mental, o CAPS II Cais Mental Centro/POA. A Oficina de Imagens é uma atividade terapêutica onde ocorre a produção de imagens que podem resultar em filmes. A ideia central do trabalho gira em torno dos efeitos surgidos a partir da problematização sobre uma série de imagens videográfica produzidas pelo coletivo da Oficina postas ao descarte, e de outras, a serem aproveitadas para construção de um filme. O grupo é tomado por um estranhamento sobre que imagens poderiam ou não compor um filme. Na Oficina de Edição, foi proposto utilizar as imagens descartadas nonsense, ou seja, aquelas desfocadas, tremidas ou fora de enquadre para a construção de um ―outro‖ vídeo – sendo possível, portanto, incluir o que, em um primeiro momento, fora excluído. A edição foi realizada pelo grupo no editor de imagens digital Windows Movie Maker. Esse processo possibilitou produzir deslocamentos e modulações nas redes de conversação entre os participantes. É a partir dessa experiência, que o convidamos a acompanhar, através do efeito patckwork (recurso narrativo), os deslocamentos operativos que se produziram nestes encontros, nestas redes de conversação. Assim, em uma perspectiva metodológica de pesquisa-intervenção, apresentamos alguns deslocamentos, produzidos no fazer com a Oficina de Edição de Imagens. Esse encontro dos integrantes da Oficina com o computador, o editor de imagens, as imagens descartadas, as redes de conversação se dá na ação, no fazer que potencializa a inserção social, autoria e a construção de outros modos de relação com a saúde/loucura, constituindo um plano de compartilhamento e também político, ao operar experiências no plano do "comum".